O levantamento pioneiro da SARA Brasil: histórico, tecnologia empregada e avaliação dos produtos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Lima, Erly Caldas de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3138/tde-26072013-142950/
Resumo: Este trabalho procura resgatar um capítulo da história da cartografia brasileira, através do estudo histórico-técnico do levantamento aerofotogramétrico pioneiro da SARA Brasil realizado entre os anos de 1928 e 1933. Para tanto foi feito um estudo através da análise da tecnologia da época e recorrendo a documentos e fontes históricas primárias: o contrato do mapeamento; a troca de correspondência entre a direção da SARA na Itália e a PMSP e entre o engenheiro fiscal em Roma e a PMSP; os levantamentos da Comissão Geográfica e Geológica, que foram aproveitados e finalmente, os próprios produtos da SARA: as folhas do mapeamento, a análise da precisão feita na época (1931); o levantamento da capital paulista e de trabalhos similares contemporâneos. Também se fez um trabalho de pesquisa para localizar fisicamente a base cartográfica de partida do mapeamento, os marcos utilizados, os pontos da triangulação; alguns foram localizados e as suas coordenadas foram avaliadas. Para a análise técnica dessa base cartográfica foram utilizados diversos conceitos e ferramentas de cartografia digital, como por exemplo: transformação de coordenadas entre sistemas, ajustamentos matemáticos utilizando o método dos mínimos quadrados, análise da qualidade de mapas (teste de erros sistemáticos, teste de precisão). Apresentou-se também um estudo sobre as precisões cartográficas desse mapeamento, tanto analisando uma avaliação feita na época como aplicando técnicas atuais, utilizando, para controle, pontos GNSS e um mapeamento atual feito por topografia clássica. A conclusão nesse aspecto é que ele atendeu o padrão de qualidade posicional proposto na época e está bastante razoável mesmo para os padrões atuais. Cumpriu seu papel cartográfico de representação de feições, foi útil durante décadas e continua exercendo hoje um papel importante como peça gráfica de valor histórico e de fotografia de uma época.