Efeito do acompanhamento remoto da técnica de espelho em lesões de plexo braquial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ternero, Isabela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/82/82131/tde-07072021-150259/
Resumo: A técnica do espelho, é uma técnica simples não-invasiva para o tratamento de distúrbios motores e sensitivos, que levam à incapacidade funcional e para tal, realiza-se uma série de movimentos com o lado saudável, sendo que este é visto ao espelho como se fosse o lado afetado. É utilizada como uma forma de reabilitação que estimula a reorganização cortical remodelando a capacidade funcional do cérebro (neuroplasticidade). A técnica exige uma frequência de repetições diárias com duração média de 5 a 15 minutos, para isso, é preciso a manutenção do comprometimento em realizar no domicílio os exercícios propostos, outro fator influenciador para a melhor eficácia do tratamento é a necessidade de um terapeuta capacitado acompanhar a técnica de maneira regular, o que em alguns serviços nem sempre é viável. Através de recursos tecnológicos, nosso grupo desenvolveu o protótipo de um modelo de aplicação para ser utilizado em smartphones, denominado de Método para amostragem de experiências e intervenção programada (ESPIM). Com o objetivo de verificar o funcionamento do ESPIM associado a técnica do espelho, realizou-se um estudo observacional com a abordagem de sujeito único visando a validação do produto. A amostra foi composta por três grupos: o grupo de piloto composto por 3 participantes com lesão de plexo braquial, grupo de otimização composto por 10 participantes sem lesão em membro superior e o grupo de estudo composto por 7 clientes maiores de 18 anos, com lesão de plexo braquial seguidos no Centro de Reabilitação do Hospital das Clínicas da FMRP – USP. O grupo piloto e o grupo de estudo utilizou a técnica do espelho associado ao ESPIM, já o grupo de otimização, utilizou apenas o ESPIM. Visando conhecer as dificuldade e facilidades do uso da técnica foi aplicado o método Think aloud e um questionário de satisfação. Ao final do estudo, verificamos que o aplicativo tem potencial para realizar o acompanhamento remoto, contudo, algumas questões são essenciais para sua prescrição. É necessário avaliar aspectos relacionados a questões emocionais, psicossociais e interesse no tratamento. Também é preciso investigar a conectividade com a internet e conhecimentos básicos em relação ao uso da tecnologia. Em relação a técnica do espelho aplicada em lesões de plexo braquial observa-se um potencial para minimizar os aspectos dolorosos relatados pelos pacientes.