Culicidae (Diptera) vetores da febre amarela no Estado de São Paulo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Penna, Rosangela Teixeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6142/tde-23092019-094647/
Resumo: Introdução: A febre amarela (FA) é uma arbovirose que apresenta dois ciclos de transmissão: o silvestre, que ocorre entre mosquitos silvestres, principalmente, dos gêneros Haemagogus e Sabethes e primatas não humanos (PNH) e o urbano, que se desenvolve entre o mosquito Aedes aegypti e o homem. É uma infecção que apresenta alta letalidade na população humana, assim como em primatas silvestres, dos gêneros Alouatta, Callithrix, Sapajus e Callicebus. Na década de 1940, o ciclo urbano da FA foi eliminado, mas atualmente, há risco de reurbanização, devido a presença de população domiciliada do mosquito, Aedes aegypti, em centros urbanos de todo o Brasil. Recentemente, o Estado de São Paulo foi assolado por epidemia de FA silvestre com alta letalidade em PNH e na população humana. A alta letalidade da FA silvestre que ocorreu em áreas com fragmentos de mata no Estado de São Paulo, afetou duramente populações de primatas silvestres dos gêneros Sapajus (macaco prego), Alouatta (bugio), Callithrix (sagui) e Callicebus (Sauá). As atividades de vigilância e monitoramento, demandaram a intensificação das atividades dos serviços de controle como os bloqueios vetorial, imunização das populações de centros urbanos e das áreas rurais com a aplicação de vacina da FA e identificação de carcaças de pequenos mamíferos, principalmente de primatas silvestres. No entanto, a falta de conhecimento dos vetores silvestres tem gerado preocupação, sobretudo, aos órgãos encarregados da vigilância entomológica da FA. Nesse sentido, com o propósito de contribuir com a vigilância da FA, àqueles profissionais que vão à campo e ao público leigo, apresenta-se um guia com informações básicas e ilustrações de vetores do vírus Febre Amarela. Considerando a necessidade de divulgação dos conhecimentos à sociedade paulista, foram incluídas imagens fotográficas de PNH presentes em parques municipais. Objetivos: Objetiva-se fornecer informações biológicas, ecológicas e fotográficas dos principais mosquitos envolvidos na transmissão do vírus Febre Amarela no Estado de São Paulo, Brasil. Metodologia: Foram realizados levantamentos sobre a bionomia e a distribuição geográfica dos culicídeos vetores da FA, bem como imagens fotográficas das espécies. As imagens fotográficas dos crânios de pequenos mamíferos foram obtidas de peças depositadas no Museu de Zoologia da Universidade São Paulo e do Museu de Anatomia Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade São Paulo. Os mosquitos fotografados são provenientes da Coleção Entomológica de Referência da Universidade de São Paulo e do Laboratório de Entomologia de Saúde Pública - Culicidologia da Universidade de São Paulo. Resultados: Apresenta-se guia ilustrado dos mosquitos (Diptera: Culicidae) vetores do vírus da febre amarela no Estado de São Paulo. Foram incluídos dados da bionomia dos principais vetores que ocorrem em fragmentos de matas paulistas: Haemagogus janthinomys, Haemagogus leucocelaenus, Sabethes chloropterus, Psorophora ferox, Aedes fluviatilis, Aedes serratus e Aedes scapularis, e os urbanos: Aedes aegypti e Aedes albopictus. Paralelamente, são apresentadas imagens dos esqueletos e/ou crânios de mamíferos, considerados os principais reservatórios silvestres: Alouatta guariba clamitans (bugio), Sapajus libidinosus (macaco prego) e Callithrix jacchus (sagui). Conclusão: Trata-se de guia prático, com informações voltadas à sociedade paulista, ao público leigo e profissionais que trabalham em parques estaduais e municipais, para que possam orientar os visitantes em relação aos reservatórios e vetores do vírus FA. As imagens incluídas poderão facilitar o reconhecimento dos vertebrados e dos invertebrados de interesse.