Estudo da fauna de mosquitos (Diptera: Culicidae) e detecção de arbovírus no Parque Estadual da Serra do Rola- Moça e Estação Ecológica de Fechos – Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pinheiro, Guilherme Garcia
Orientador(a): Andrade Filho, José Dilermando
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/39236
Resumo: O Brasil vem sofrendo surtos de diversas arboviroses, dentre as quais destaca-se a febre amarela. O estado de Minas Gerais enfrentou no final de 2016 até meados de 2018, dois surtos de febre amarela silvestre com 1.002 casos confirmados e 340 óbitos. Este trabalho apresenta resultados sobre a detecção do vírus da febre amarela em mosquitos de duas áreas de conservação estadual, Parque Estadual da Serra do Rola Moça e Estação Ecológica de Fechos, ambos na região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais. Além deste ser o primeiro levantamento das espécies de mosquito destas unidades de conservação este trabalho é de grande importância para acompanhar a circulação de vírus no ambiente silvestre próximo a grandes centros urbanos. Os mosquitos foram amostrados usando métodos de coleta manual e armadilhas automáticas com isca de CO2, entre setembro de 2017 e maio de 2018. Foram capturados 867 mosquitos distribuídos em 20 espécies, sendo as mais abundantes Psorophora (Janthinosoma) ferox (von Humboldt, 1819) (31,3%), Limatus durhamii Theobald, 1901 (19,1%) e Haemagogus (Haemagogus) janthinomys Dyar, 1921 (18,2%). Extraiu-se o RNA total dos mosquitos e realizada PCR em tempo real para detecção do genoma do vírus da febre amarela, chikungunya, mayaro, Zika e dengue. Foram processados 778 mosquitos e, foi observada uma taxa de infecção pelo vírus da febre amarela de 8,2% para Hg. janthinomys (13 mosquitos positivos de 158 coletados), espécie essa apontada como principal vetor do vírus da febre amarela no Brasil.