Variações da fauna de mosquitos (Díptera:Culicidae) em área de implantação de uma hidrelétrica no rio Paranapanema, SP/PR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Sugimoto, Renato Sinnhofer
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-18112010-201153/
Resumo: Se por um lado as usinas hidrelétricas suprem as necessidades de energia do país, essas também são responsáveis pela proliferação de doenças cujos agentes são transmitidos, em sua grande maioria, por mosquitos que utilizam as áreas inundadas dessas usinas como criadouros. Pode-se observar tal cenário na UHE de Ourinhos, que está localizada no rio Paranapanema entre as cidades de Ourinhos, SP, e Jacarezinho, PR, onde foram definidas três estações de coleta usadas para a avaliação da dinâmica de população nos períodos pré e pós inundação do reservatório, a partir dos dados coletados descreveu-se as alterações ocorridas na população de culicídeos da UHE Ourinhos, diante dos impactos da inundação e calculou-se riqueza, dominância, diversidade e , IAEP e similaridade. Sendo que para captura de adultos utilizou-se armadilha de Shannon e aspirador à bateria, e para os imaturos conchas entomológicas em coleções de água estagnada. Entre as espécies de importância epidemiológica coletadas e identificadas temos: Aedes albopictus, Aedes scapularis, Anopheles albitarsis, Anopheles darlingi, Culex quinquefasciatus, Culex nigripalpus, Haemagogus leucocelaenus e Psorophora ferox. Destaca-se a redução do número de espécies no período pós enchimento, juntamente com a recolonização do nicho por novas espécies ou espécies antes raras, como exemplificado pelo surgimento do An. darlingi, e ascensão do An. albitarsis, espécies consideradas vetores primário e secundário da malária, no Brasil, respectivamente. Como conclusão, depreende-se que o lago formado pela represa de Ourinhos alterou a dinâmica de culicídeos do local, fato que pode representar menor contato desses hematófagos com a população no entorno do lago recém formado