Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Roberto Léo da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98131/tde-24022022-075825/
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Resumo: |
Introdução: O acesso transradial (ATR) vem se tornando o acesso vascular preferencial em cateterismos e intervenções coronarianas, por, entre outros motivos, reduzir complicações locais. A oclusão da artéria radial (OAR) é a complicação pós-procedimento mais frequente do ATR. O uso de vasodilatadores visa reduzir o espasmo radial e pode ajudar a prevenir OAR. Procuramos avaliar se a administração de nitroglicerina no início ou ao final de um procedimento de ATR poderia preservar a patência radial. Métodos Trata-se de ensaio clínico prospectivo, multicêntrico, randomizado, fatorial dois por dois, duplo-cego, controlado por placebo, envolvendo pacientes submetidos a cateterismo por ATR. Os pacientes foram randomizados para receber 500 g de nitroglicerina ou placebo, através da bainha, em dois momentos: no início e no final do procedimento. O desfecho primário foi a incidência de OAR confirmada pela ausência de fluxo anterógrado em até 24 horas por ultrassom com Doppler; todos os pacientes com OAR confirmada foram reavaliados em 30 dias. Todos os pacientes receberam pelo menos 5.000 UI de heparina, as bainhas foram removidas imediatamente após o cateterismo e foi aplicada hemostasia patente ou de pressão mínima. Resultados Foram incluídos 2.040 pacientes, com média de idade de 61,8 ± 10,3 anos. A minoria (37,9%) era do sexo feminino e 36,6% possuíam diabetes. OAR ocorreu em 49 pacientes (2,4%) de acordo com a avaliação Doppler. Quinze pacientes (30,6%) apresentaram restabelecimento do fluxo na avaliação Doppler de 30 dias. Nenhuma interação significativa foi observada entre os dois fatores de randomização em relação ao desfecho primário. A nitroglicerina, em comparação com o placebo, não reduziu o risco de OAR em nenhum dos dois momentos usados (precoce, 2,5% vs. 2,3%, p = 0,66 ou tardio, 2,3% vs. 2,5%, p = 0,66, respectivamente). Pela análise multivariável apenas a presença de espasmo clínico (odds ratio [OR]: 3,53; intervalo de confiança de 95% [IC]: 1,87 a 6,65; p <0,001) e acesso realizado com mais de uma tentativa de punção (OR: 2,58; IC 95%: 1,43 a 4,66; p = 0,002) foram preditores independentes significativos de OAR de 24 horas. Conclusão: Neste grande ensaio multicêntrico randomizado de pacientes submetidos a ATR, o uso de nitroglicerina não foi associado a uma redução nas taxas de OAR, independentemente do tempo de administração no procedimento. |