Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
NOBREGA, Erlley Raquel Aragão |
Orientador(a): |
VICTOR, Edgar Guimarães |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Penambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias da Saude
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18942
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Resumo: |
A via radial é objeto de interesse crescente de cardiologistas intervencionistas, por oferecer menores taxas de complicações vasculares e redução de sangramento maior, associado ao risco de morte e eventos isquêmicos. Este estudo objetiva comparar a eficácia da hemostasia com compressão mecânica em duas e três horas, e a ocorrência de complicações vasculares, por avaliação clínica e por USG com Doppler. Realizou-se uma revisão de literatura intitulada "Oclusão da artéria radial relacionada ao cateterismo cardíaco transradial", no qual se revisaram 19 artigos de periódicos publicados entre 2005 a 2015, os quais relacionaram os principais fatores predisponentes à oclusão da artéria radial após cateterismo cardíaco. No presente estudo 206 pacientes submetidos a cateterismo transradial foram randomizados em dois grupos com tempo de compressão em duas horas (T2) e três horas (T3), contendo 103 pacientes em cada grupo. Foi realizado exame clínico no local de punção, antes e depois da compressão no dia do procedimento, e após o 7º dia reavaliado através de exame clínico e USG com Doppler. No artigo intitulado "Tempo de compressão da artéria radial pós cateterismo cardíaco e complicações vasculares", descreveu-se o estudo em detalhes. Em seus resultados observou-se que a avaliação clínica realizada no dia do cateterismo cardíaco não demonstrou diferenças relevantes entre os grupos T2 e T3. Equimose foi encontrada em apenas dois pacientes (0,9%); Espasmo arterial durante a retirada do introdutor ocorreu em 56 pacientes (27,2%); Hematoma pós compressão foi encontrado em 34 pacientes (16,5%); O tamanho do hematoma encontrado na maioria dos pacientes (97,1%) foi de pequena dimensão (<5cm) , apenas um paciente e pertencente ao grupo T2 (2,9%) apresentou hematoma extenso (≥10cm); Em 24 pacientes (11,7%) ocorreu sangramento após remoção do curativo compressivo no grupo T3; Quanto ao exame ultrassonográfico com Doppler evidenciou-se redução do fluxo sanguíneo em dois pacientes de cada grupo (2,0%), presença de oclusão da artéria radial no grupo T3 (11,0%), hematoma subcutâneo em dois pacientes do grupo T2 (2,0%), pseudoaneurisma em um paciente no grupo T3 (1,0%), Edema subcutâneo em um paciente do grupo T3 (1,0%). Dissecção arterial em um paciente de cada grupo (1,0%). Não foi evidenciado presença de estenose ou fístula arteriovenosa nos grupos. Conclui-se que na amostra estudada a utilização da via transradial para cateterismo cardíaco foi segura e eficaz, não apresentando diferenças estatísticas significantes na ocorrência de sangramento e complicações vasculares, com a utilização do curativo compressivo para hemostasia em duas e três horas. E que o tempo de duas horas deve ser adotado pois se mostrou seguro e eficaz na hemostasia sanguínea, apresentando baixas taxas de complicações vasculares, como a oclusão da artéria radial. |