Consumo de ferro e orientação alimentar: uma análise envolvendo gestantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Azevedo, Bernadete Aparecida Raimundo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-22102010-103507/
Resumo: Introdução: o período gestacional provoca alterações fisiológicas importantes para a mulher aumentando a necessidade de alguns micronutrientes, dentre eles, o ferro. A falta deste mineral causa anemia ferropriva e conseqüências deletérias para o binômio mãe/concepto. A orientação nutricional pode ser um instrumento eficaz na redução desta carência. Objetivo: estimar o consumo de alimentos fontes de ferro incluindo os fortificados, identificar a percepção das gestantes em relação às causas e riscos da anemia na gestação e a participação do Programa Saúde da Família na orientação alimentar. Metodologia: o estudo foi realizado em São Caetano do Sul, com 109 gestantes atendidas pelo Programa de Pré-natal e beneficiadas pelo Programa Saúde da Família (PSF). A avaliação do consumo alimentar foi realizada utilizando-se o questionário de freqüência alimentar (QFA). Para avaliar a percepção das causas e riscos da anemia na gestação bem como da orientação alimentar utilizou-se questionário estruturado. Foi realizada análise exploratória dos dados por meio do cálculo de estatística descritiva e proporções. As análises estatísticas foram realizadas utilizando-se o software STATA versão 9.1. Resultados: o consumo per capita diário médio das carnes mais consumidas foi 33,74g (DP= 30,48) de carne bovina e 36,30g (DP= 26,20) de carne de frango. O pão mais consumido foi o francês, com consumo per capita diário médio de 53,51g (DP= 39,56). Quase todas as gestantes (93,58 por cento) desconhecem as causas e (86,24 por cento) desconhecem os riscos da anemia na gestação e a percepção de 91,74 por cento das mulheres é a de que não existe orientação alimentar no programa de atenção à gestante. Conclusões: o consumo alimentar das gestantes em relação aos alimentos fontes de ferro e aos fortificados com esse mineral mostrou-se insuficiente para atender à demanda e reduzir o risco decorrente da deficiência 8 de ferro. Para a redução da prevalência de anemia, a minoria recebeu orientação alimentar e a maioria desconhece as causas e conseqüências da deficiência de ferro na gestação