Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1998 |
Autor(a) principal: |
Núñez de Cassana, Luz Marina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-08042020-130608/
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Resumo: |
A anemia nutricional constitui um importante problema de saúde pública, com sérias repercussões para o grupo materno-fetal. O presente estudo teve como objetivo avaliar a efetividade de diferentes formas de intervenção no controle da deficiência de ferro na gravidez. Foram estudadas 301 gestantes que iniciaram seu controle pré-natal em serviços públicos de saúde, com idade gestacional inferior a 20 semanas e sem uso de medicamentos fontes de ferro. As gestantes selecionadas foram distribuídas em quatro grupos que receberam orientação para a ingestão de diferentes doses de suplemento de ferro: 80 e 120mg de ferro uma vez por semana; 40mg diárias, e um grupo denominado \"Rotina\" que manteve a rotina do serviço em relação à suplementação de ferro. Foram realizadas determinações laboratoriais de hemoglobina (Hb), saturação de transferrina (ST) e ferritina sérica (FS) em momentos distintos do processo gestacional: < 20 semanas, entre 20 e 29 e = 30 semanas de gestação. Das mulheres estudadas, 14,8% revelaram-se anêmicas, 13,1 % apresentavam estoques de ferro depletados e 12,7% apresentavam saturação da transferrina abaixo do normal. Houve uma perda amostral importante devido a abandono ao pré-natal, mudança de endereço e ausência de informação sobre adesão ao programa de suplementação. Destaca-se que, no grupo que recebeu 40mg de ferro por dia, a justificativa \"sabor ruim\" foi a mais importante causa de abandono da suplementação (41,7%). No grupo \"Rotina\", destacou-se como principal justificativa \"não comprou o medicamento\" (35,3%). Para a totalidade das mulheres que ingeriram o suplemento de ferro pelo tempo mínimo de 13 semanas, verificou-se uma evolução favorável da hemoglobina e da ferritina sérica. No entanto, o aumento da concentração de ferritina sérica no final da gravidez, indicando um aumento das reservas marciais, foi observado somente no grupo que recebeu 120mg de ferro por semana. Observou-se, ainda, associação positiva entre anemia e ferritina sérica no inicio e no final da gestação, permitindo supor que a evolução dos valores dos indicadores bioquímicos mantêm um sinergismo entre si. Assim, os resultados encontrados indicaram que o fornecimento de 120mg de ferro, uma vez por semana, pelo período mínimo de 3 meses constitui-se em uma estratégia de intervenção efetiva no controle da deficiência de ferro, nos serviços públicos de saúde estudados. |