As empresas e o envelhecimento da força de trabalho: políticas e práticas para atração e retenção do trabalhador mais velho adotadas pelas organizações no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lima, Aline Zanini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-16112022-222248/
Resumo: A importância da discussão dos temas relacionados ao envelhecimento e a longevidade foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) no final de 2020, ao declarar a década de 2021-2030 a Década do Envelhecimento Saudável. Tendo esse contexto em vista, esta pesquisa teve o objetivo principal de identificar e analisar as políticas e práticas adotadas pelas organizações para atração e retenção do trabalhador mais velho no Brasil. A fundamentação teórica deste trabalho teve por base a perspectiva de gestão estratégica de recursos humanos, explorando o papel do capital humano como diferencial competitivo e a importância da adoção de políticas e práticas que garantam sua atração e retenção frente ao desafio de transformar uma organização em opção de escolha para se trabalhar por parte dos profissionais qualificados. Uma revisão sistematizada da literatura relacionada ao tema foi o ponto de partida desta pesquisa, que adotou uma abordagem metodológica de caráter exploratório e descritivo mista, quantitativa e qualitativa. As informações analisadas foram coletadas da base de dados disponível da pesquisa FIA Employee Experience (FEEx), realizada pelo Programa de Gestão de Pessoas da Fundação Instituto de Administração (PROGEP/FIA) e pela equipe de pesquisadores da ATMOSFERA, que, na edição de 2020, reconheceu as 100 empresas que mais investiram em políticas e práticas de recursos humanos, como lugares incríveis para se trabalhar. Em adição a esses dados, foi realizado um estudo de casos múltiplos comparativos envolvendo quatro empresas, com o intuito de identificar e analisar tanto as políticas e práticas formais adotadas para atração e retenção dos trabalhadores mais velhos como os objetivos dessas organizações pesquisadas ao adotá-las. Utilizou-se como técnica de coleta entrevistas semiestruturadas que foram submetidas a análise temática de conteúdo. Entre os principais resultados, foi observado que a questão do trabalhador mais velho foi inserida no contexto das organizações estudadas como parte das discussões relacionadas a diversidade e inclusão com o objetivo de compreender e se comunicar melhor com clientes e consumidores mais velhos, bem como ser reconhecida como uma marca que respeita a diversidade. Essas empresas eram tanto de origem nacional como multinacionais, de médio ou grande portes, e que já adotavam ações afirmativas de inclusão para ao menos quatro outros grupos minoritários. A análise dos resultados encontrados contribuiu para ampliar a base de conhecimento sobre a relação entre as organizações e o trabalhador mais velho, ainda pouco estudada no Brasil e no mundo. E acrescentou informações sobre as políticas e práticas que estão sendo adotadas para a atração e retenção desse trabalhador, permitindo que empresas interessadas possam aumentar sua prontidão para enfrentar o desafio de se adaptarem ao envelhecimento da força de trabalho brasileira.