Organizações age-friendly e experiência de inclusão de trabalhadores mais velhos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Renzetti, Fátima Maria Martins Neri
Orientador(a): Hanashiro, Darcy Mitiko Mori
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
eng
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/31194
Resumo: O envelhecimento da população mundial é um fato. Este envelhecimento impacta a composição dos funcionários nas organizações e o tema está na pauta de diversos estudos, especialmente na Europa. No Brasil, o tema começa a ganhar algum destaque nas empresas e é necessário entender como fazer com que os trabalhadores mais velhos sejam incluídos, retidos e valorizados em organizações. Para isto, seria importante proporcionar um ambiente de trabalho age-friendly que preconize oferta de práticas de recursos humanos adequadas a este público e que, combinadas com um clima organizacional apoiador, possam propiciar a experiência de inclusão desses trabalhadores. Os benefícios de manter estes trabalhadores nas empresas seriam inúmeros, entre eles a possibilidade de facilitar a transferência de conhecimento entre gerações, aumentar a empregabilidade e consequentemente contribuir para a redução do déficit da previdência social no Brasil. Age-friendly é um conceito novo e sua utilização em pesquisas e literatura acadêmicas em organizações data do início dos anos 2000. Nenhum desses estudos, todos internacionais, avaliou a relação de ambientes age-friendly com experiência de inclusão para entender se este trabalhador se sente respeitado, valorizado e incluído. Assim, o objetivo deste estudo é analisar a relação entre ambiente de trabalho age-friendly e a experiência de inclusão dos trabalhadores mais velhos. A estratégia de pesquisa foi quantitativa, com o uso de duas escalas – Local de Trabalho Age-Friendly e Experiência de Inclusão. A amostra final foi composta por 158 trabalhadores mais velhos (acima de 45 anos), de diversos segmentos. Como principais resultados, validou-se a escala Local de Trabalho Age-Friendly utilizada pela primeira vez no Brasil. Validou-se também uma versão reduzida da escala Experiência de Inclusão. Foi confirmada a hipótese de que trabalhadores mais velhos tendem a uma percepção de experiência de inclusão mais positiva quanto mais positiva for a sua avaliação de seu local de trabalho como age-friendly. Ao comparar a percepção de ambientes age-friendly e experiência de inclusão de trabalhadores mais velhos entre categorias demográficas e funcionais, foi concluído que existem diferenças estatisticamente relevantes em algumas das categorias. Uma das contribuições à literatura é a confirmação de que age-friendly é um preditor de experiência de inclusão. Como contribuição prática para as organizações, a revisão de literatura proporciona uma fonte de práticas e políticas de RH que podem contribuir para a conscientização de gestores sobre ambientes age-friendly e seus benefícios.