Violência entre parceiros íntimos no Brasil e fatores associados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ally, Elizabeth Zamerul [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5058476
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50107
Resumo: Objetivo: Comparar as taxas de prevalência da violência entre parceiros íntimos (VPI) em 2006 e 2012 em uma amostra de domicílios nacionalmente representativa no Brasil. As associações entre VPI e o uso de substâncias psicoativas, depressão, ideação e tentativas de suicídio, falta de suporte social e DST-HIV também foram investigados. As análises detalharam os achados para vítimas, agressores, envolvidos em VPI bidirecional, homens e mulheres. Métodos: Este estudo é transversal, baseado nos dados das duas ondas do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (2006/2012). VPI foi avaliada usando o Conflict Tactic Scale-R; para a Depressão, a escala CES-D (Center for Epidemiological Studies Depression Scale); o AUDIT (Alcohol Use Disorders Test) para o consumo do Álcool e o questionário APMS (Adult Psychiatric Morbidity Survey - England) para o uso do Tabaco, substâncias Ilícitas e Rede de Suporte Social. As taxas de prevalência ponderadas e o modelo de regressão logística ajustado foram calculados para as razões de chance (odds). Resultados: As taxas de prevalência da vitimização na VPI diminuíram significativamente entre as mulheres. As taxas de Agressão na VPI entre homens também diminuíram significativamente, bem como os índices de violência bidirecional. O abuso de bebidas alcoólicas aumentou a probabilidade de ser vítima e agressor na VPI. Usar drogas ilícitas quase quintuplicou a probabilidade de ser um agressor. As associações da VPI com sintomas depressivos, ideação suicida, tentativa de suicídio e contaminação por DST/HIV foram significantes para vítimas, agressores e envolvidos com violência bidirecional. Conclusões: Apesar da redução significativa na maioria dos tipos de VPI entre 2006 e 2012, a violência perpetrada pelas mulheres não foi significativamente reduzida e as taxas nacionais atuais ainda são altas. Além disso, este estudo sugere que o uso de álcool e outras drogas psicoativas desempenha um papel importante na VPI, assim como os desfechos de depressão, tentativas de suicídio e contaminação por DST/HIV. Iniciativas de prevenção devem levar em consideração o uso indevido de drogas e estes desfechos.