A romanização da língua japonesa na obra de Johann Joseph Hoffmann (1805-1878)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Trinchão, Kaetano Ricardo Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8157/tde-08032019-111935/
Resumo: Com esta pesquisa, de cunho documental e bibliográfico, fundamentada em princípios da Historiografia da Linguística, retomamos o problema da influência (Koerner, 2014) com o objetivo de investigarmos o processo através do qual o filólogo alemão Johann Joseph Hoffmann (1805-1878), primeiro catedrático de Língua Japonesa do mundo ocidental, na Universidade de Leiden, romanizou o idioma japonês. Ao examinarmos a obra de Hoffmann, percebemos que o mesmo, ao indicar ao leitor a maneira pela qual romaniza o japonês, faz referência ao sistema criado pelo linguista e egiptólogo prusso Carl Richard Lepsius (1810- 1884), divulgado em Das Allgemeine Linguistische Alphabet. Grundsätze der Übertragung fremder Schriftsysteme und bisher noch ungeschriebener Sprachen in Europäische Buchstaben (O alfabeto linguístico geral. Princípios para a transliteração de sistemas estrangeiros de escrita e de línguas ágrafas para o alfabeto latino), obra publicada em alemão (1854 e 1855), em inglês (sob o título Standard Alphabet for Reducing Unwritten Languages and Foreign Graphic Systems to a Uniform Orthography in European Letters, em 1855), e novamente em inglês, em segunda edição (1863). Ao cruzarmos referências nas obras de Hoffmann (Winkelgesprekken in het Hollandsch, Engelsch em Japansch / Shopping-dialogues in Dutch, English and Japanese, de 1861 e A Japanese Grammar, Second Edition, de 1876) e de Lepsius (Standard Alphabet, 1863), percebemos que um autor alude à obra do outro. Nossa hipótese é que Hoffmann teria adotado e melhorado o sistema descrito na primeira edição (1855) de Standard Alphabet, ao ponto de influenciar o próprio Lepsius, que teria aceito as modificações propostas por Hoffmann, o que teria culminado com a publicação da segunda edição inglesa (1863) de seu Standard Alphabet. Após a comparação entre as obras dos autores citados, confirmamos a hipótese levantada.