O pensamento em processo da obra de Hélio Oitica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Alves, Cauê
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Art
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-27122022-123429/
Resumo: O presente trabalho discute o pensamento em processo da obra de Hélio Oiticica a partir da relação com seus escritos e com a leitura que realizou de diversos autores da história da filosofia contemporânea, entre eles Friedrich Nietzsche, Henri Bergson e Maurice Merleau-Ponty. Recorrendo aos textos em que o artista cita filósofos, a dissertação investiga alguns princípios e noções da filosofia, mesmo que dispersos, em seu trabalho. Apropriar-se com liberdade de conceitos filosóficos de acordo com seu interesse, lhe permitiu explorar o impensado, o que excede e transborda o conceito. Não tendo a pretensão de constituir um sistema, Oiticica enunciou um conjunto aberto de referências teóricas com as quais sua obra dialoga. Estas não são definitivas, pois foram sendo revistas e modificadas durante toda sua trajetória. Se Oiticica não inventa conceitos, no sentido de representações mentais de suas obras ou como manifestação abstrata e estável da essência do mundo, vale-se de noções teóricas, ou \"novas ordens\", termo que prefere, como peça fundamental de seu pensamento. Núcleo, Bólide, Parangolé, Ninho estão entre essas \"novas ordens\". Elas marcam sua recusa em relação às tradicionais modalidades da arte sem pretender instaurar novas categorias para a arte contemporânea. O estudo aborda a dimensão reflexiva de sua obra e o modo como a filosofia, enquanto interrogação constante e viva, está presente em seu trabalho recolocando questões metafísicas. Trata-se de situar algumas referências no desenrolar do seu pensamento, visando desenvolver a discussão de sua produção. Para isso, é importante a relação de Oiticica com obras de artistas modernos (Maliévitch, Mondrian e Kandinsky) e críticos como Ferreira Gullar e Mário Pedrosa