Hélio Oiticica: o mapa do programa ambiental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Dwek, Zizette Lagnado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-20092024-144625/
Resumo: O presente estudo se baseou nos manuscritos até então inéditos de Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, 1937-1980), procurando evidenciar o método que rege sua escrita teórico-prática, \"sem a preocupação em criar algo que evolua numa linha daqui para ali\". Para conhecer o mapa do Programa ambiental , implantado pelo artista a partir de 1959, entra-se por qualquer passagem; cada uma de suas proposições, tomada aleatoriamente, é capaz de ativar toda a malha conceitual. Partindo da experiência da cor, Oiticica inclui o tempo na gênese da obra, rompe com o retângulo do quadro e dá \"adeus ao esteticismo\". Instaura suas Ordens para o Ambiental investindo na participação coletiva: o Núcleo, o Penetrável , o Bólide, o Parangolé e a Manifestação ambiental. Integrante do Neoconcretismo , formula , com Tropicália e o Esquema Geral da Nova Objetividade (1967), outras bases para uma arte brasileira de vanguarda. Em 1969, realiza seu plano Éden, \"campus experimental\" com a finalidade de alterar formas condicionadas de comportamento. Entre 1970 e 1978, Oiticica fixa residência em Nova York. Sua atividade passa a ser \"subterrânia\", saída drástica da instituição (museus e mercado). A investigação do problema da imagem o leva a desenvolver linguagens não-narrativas e a cunhar o termo Quase-cinema. Dedica-se à conceituação de Newyorkaises, livro-conglomerado que reúne seus novos projetos. Em \"Bodywise\", está delineada a sua concepção de corpo, estabelecendo linhas transversais com Lygia Clark, Yoko Ono, Andy Warhol e Vito Acconci, entre outros. A COSMOCOCA - programa in progress articula \"Bodywise\" com \"Mundo-abrigo\", outro capítulo de Newyorkaises. A saída de Oiticica para o espaço ambiental o coloca em sintonia com outros artistas de seu tempo, como por exemplo Robert Smithson e Gordon Matta-Clark. De volta ao Rio, Oiticica se propõe a \"tomar posse\" do espaço público. Integra esta tese um \"Glossário do Programa ambiental\" , com os verbetes essenciais para a compreensão das invenções de Oiticica