Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Daniela Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-26042016-095806/
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Resumo: |
A doença periodontal é uma das doenças inflamatórias crônicas mais comuns que acometem a população. A grande destruição tecidual observada durante o seu desenvolvimento tem sido atribuída ao processo inflamatório exacerbado e ao desequilíbrio favorável à geração de espécies reativas de oxigênio em relação àcapacidade de defesa dos antioxidantes. A epigalocatequina-3-galato (EGCG) obtida da Camellia sinensis é uma substância que apresenta potencial antioxidante e antiinflamatório e, mais recentemente, testes in vitro têm mostrado que também possui atividade anti-osteoclastogênica, sendo apontada como uma possível droga para uso terapêutico nas patologias ósseas com excessiva atividade osteoclástica e destruição óssea. O objetivo do trabalho foi verificar morfométricamente em imagens obtidas pela tomografia microcomputadorizada (micro-CT) e cortes histológicos se a administração diária de EGCG reduz o processo inflamatório e a perda óssea alveolar na doença periodontal induzida por ligadura em ratos. O primeiro molar inferior direito de 60 ratos foi amarrado com fio de seda 3.0 e divididos em grupo sem tratamento (GST), grupo tratado com EGCG (GTEGCG) que recebeu diariamente por gavagem 100mg/Kg de EGCG e grupo Sham (GTsalina) que recebeu apenas solução salina. Nos períodos de 0, 7, 14 e 21 dias (n=5 animais/período/grupo) imagens digitais foram obtidas no microtomógrafo sendo submetidos à análise do nível ósseo periodontal (PBL) e da densidade óssea (BV/TV) inter-radicular. Nos cortes longitudinais do M1 corados pela HE foi avaliado o PBL e morfometricamente o percentual e volume de processo inflamatório e tecido ósseo, além do número osteoclastos/cm2. Os dados foram submetidos à ANOVA a dois critérios e ao teste de Tukey (p<0,05). O PBL determinado nas imagens microtomográficas e histológicas mostraram que a perda óssea aumenta em todos os grupos durante a fase aguda da doença (0 a 14 dias) e estabiliza na fase crônica (14 dias-21 dias). Em geral, o PBL foi menor no GTEGCG (média de 0,839 mm) comparado aos GST e GTsalina (média de 0,953 ). Quanto à densidade óssea o BV/TV foi maior no GTEGCG (68%) comparados aos GST (62,06%). O percentual do processo inflamatório e o número de osteoclastos foram menores no GTEGCG, com pico aos 14 dias (3,4% de processo inflamatório e 32 osteoclastos/cm2), comparados aos GST e GTsalina cujo o pico foi aos 7 dias (média de 8,6% de processo inflamatório e 68 osteoclastos/cm2). Concluímos que, no modelo de periodontite induzida por ligadura, o tratamento com EGCG diminui o processo inflamatório e a osteoclastogênese e consequentemente a perda óssea e a severidade da doença. |