Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Soares, Melina Bucco |
Orientador(a): |
Cibin, Francielli Weber Santos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Campus Uruguaiana
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/187
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Resumo: |
A δ-Aminolevulinato desidratase (δ-ALA-D) é uma enzima tiólica que catalisa uma das reações iniciais da biossíntese do heme. Essa enzima é considerada um marcador proteico de intoxicação com metais. O cádmio é um dos poluentes tóxicos, amplamente distribuído no meio ambiente, sendo que a exposição humana resulta principalmente da fumaça do cigarro, da poluição do ar e do consumo de alimentos e água contaminados pelo metal. O cádmio apresenta uma baixa taxa de excreção no organismo e um elevado tempo de meia- vida biológico e por esta razão, se acumula no sangue, rins e fígado, bem como nos órgãos reprodutivos, incluindo o ovário. A patogênese do dano ovariano e a redução da viabilidade folicular após exposição ao cádmio tem sido associada a danos oxidativos. Assim, compostos antioxidantes poderiam ser uma terapia alternativa frente a toxicidade do cádmio. O presente estudo avalia o efeito protetor da Camellia sinensis (chás verde, branco e vermelho) sobre a inibição da atividade da δ-ALA-D ovariana induzida pelo cádmio in vitro (ovário bovino) e ex vivo (ovário de camundonga). O efeito do cloreto de cádmio (IC 50 , 20μM), das infusões de chás (0,07 – 10 mg/mL) e das catequinas isoladamente –epicatequina (EC), epigalocatequina (EGC), epicatequina galato (ECG), epigalocatequina galato (EGCG) - foram avaliadas sobre a atividade da δ-ALA-D de ovário bovino (in vitro). Além disso, a composição das infusões de chá foi avaliada por HPLC (Cromatografia Líquida de Alta Eficiência) em um ensaio quantitativo de catequinas, alcalóides purina e ácido gálico, bem como o conteúdo de polifenóis totais. Os chás verde e branco nas maiores concentrações estudadas restauraram a atividade da δ-ALA-D inibida pelo cádmio enquanto o chá vermelho não apresentou efeito in vitro. O chá verde apresenta maior quantidadede conteúdo fenólico (757,24 μg EAG/mL) bem como de catequinas (EGCG = 205,64 μg/mL, EC = 84,59 μg/mL, EGC = 75,53 μg/mL, ECG = 64,73 μg/mL) comparado com o chá branco (499,37 μg EAG/mL) (EGCG = 105,57 μg/mL, EC = 54,73 μg/mL, EGC = 81,96 μg/mL, ECG = 34,25 μg/mL) e com o chá vermelho (272,39 μg EAG/mL) (só foi detectado ECG= 1,36 μg/mL). Nenhuma das catequinas testadas isoladamente foi eficaz em restaurar a atividade da enzima inibida pelo cádmio. Para os experimentos ex vivo, camundongas receberam uma única administração nas doses de 2,5 mg/kg e 5 mg/kg de CdCl 2 por via intraperitoneal e chá verde (250 mg/kg) administrado via oral. Verificou-se que a exposição aguda ao cádmio nas doses de 2,5 e 5 mg/Kg inibiu (cerca de 26% e 33%, respectivamente) a atividade da enzima δ-ALA-D de ovário de camundongas e o chá verde foi capaz de restaurar essa inibição. O maior efeito do chá verde observado in vitro, bem como o papel protetor apresentado no estudo ex vivo, poderia ser atribuído ao maior teor de fenóis, mas não de catequinas. Na verdade, as catequinas não foram capazes de restaurar a atividade da enzima inibida por cádmio, demonstrando que estes compostos não são os principais componentes responsáveis pelo efeito benéfico do chá verde observada neste estudo. Esse estudo demonstrou a eficácia do chá verde em restaurar a atividade da δ-ALA-D inibida pelo cádmio em tecido ovariano. |