Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Fabiana Ribas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-06102020-181123/
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Resumo: |
As fissuras labiopalatinas (FLP) são ocasionadas por falhas no desenvolvimento ou na maturação dos processos embrionários, originando a malformação facial congênita. Pelo fato de no momento do desenvolvimento embrionário as fissuras serem originadas no mesmo período da formação do Sistema Nervoso Central (SNC), fundamental para o aprendizado, e devido às alterações de fala decorrentes, o objetivo deste estudo foi identificar a influência da inteligibilidade de fala nas pré-competências para alfabetização de crianças com fissura transforame e pós-forame. A amostra foi composta por 66 participantes com idades entre 4 e 7 anos, ambos os sexos, na fase pré-escolar ou no 1º ano do ensino fundamental, organizados em três grupos: G1, formado por 20 crianças com fissura transforame reparada; G2, composto por 20 crianças com fissura pós-forame reparada; e G3, como grupo comparativo, com 26 crianças sem anomalias craniofaciais ou outras alterações do desenvolvimento. Para a coleta de dados foram utilizados: o Teste de Habilidades e Conhecimento Pré-Alfabetização, a Escala de Maturidade Mental Columbia, as Figuras Complexas de Rey e o Protocolo Demográfico Socioeconômico. Em Habilidades Percepto-motoras (70%), em Linguagem (60%) e em Pensamento Quantitativo (70%) dos participantes com fissura transforame obtiveram classificação abaixo da média. A dificuldade dos participantes com fissura pós-forame foi maior que o outro grupo apenas na Atenção Concentrada; 35% tiveram classificação abaixo da média esperada. Ao relacionar as pré-competências com a inteligibilidade de fala, as mesmas habilidades demonstraram-se prejudicadas. Considerando que a oralidade influencia a linguagem, as dificuldades na fala podem manifestar atraso no desenvolvimento típico da Linguagem, em níveis variados de gravidade. O G1 evidenciou maiores comprometimentos, comparativamente, evidenciando discrepâncias relevantes nas habilidades cognitivas, fundamentais para o desempenho acadêmico. Portanto, o estudo demonstrou numa amostra estratificada de participantes com fissura labiopalatina, que as dificuldades relacionadas à inteligibilidade da fala não correlacionaram aos déficits das pré-competências cognitivas avaliadas, sugerindo prejuízos primários dos aspectos cognitivos da linguagem, e não secundários ou co-existentes aos problemas de fala |