Influência de um programa de fonoterapia intensiva na fala de indivíduos com fissura labiopalatina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Andrade, Laura Katarine Felix de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-29092017-175554/
Resumo: Introdução: As articulações compensatórias são alterações de fala decorrentes da tentativa do indivíduo com fissura palatina/disfunção velofaríngea gerar pressão intraoral para a produção das consoantes de alta pressão. Essas alterações se iniciam por causa da alteração estrutural e podem passar a fazer parte do sistema fonológico do indivíduo, sendo a fonoterapia a intervenção indicada para sua correção. Desta maneira a hipótese deste trabalho é que um programa de fonoterapia intensiva (PFI) estruturado reúne as condições facilitadoras para a correção da oclusiva glotal, que é o tipo de articulação compensatória (AC) mais comumente encontrado na fala desses indivíduos. Objetivo: Investigar a influência de um PFI sobre a ocorrência da oclusiva glotal (OG) na fala de indivíduos com fissura palatina. Material e Métodos: As gravações de fala de 37 indivíduos, de ambos os sexos (média de idade = 19 anos), com fissura palatina foram julgadas por três fonoaudiólogas (avaliadoras) experientes na identificação da ocorrência de OG em 24 consoantes-alvo com recorrência das seis consoantes oclusivas do Português (p, t, k, b, d, g), antes de serem submetidos a um PFI (condição pré-PFI) e após o PFI (condição pós-PFI), para comparação. Resultados: A presença de OG, na condição pré-PFI, foi encontrada em 325 consoantes-alvo de 36 das 37 gravações, dentre as quais, na condição pós-PFI, 149 (46%) continuaram a apresentar OG e 176 (54%) não. Considerando a ocorrência de OG nas 24 consoantes-alvo das frases dos 36 pacientes, observou-se que após o PFI 5 (14%) conseguiram eliminar a OG em todas as consoantes-alvo; 4 (11%) não apresentaram mudança e 27 (75%) apresentaram redução da ocorrência de OG. Conclusão: O PFI teve influência sobre a ocorrência da oclusiva glotal na fala de indivíduos com fissura palatina, sendo esta menor após a intervenção.