Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Larangeira, Fabiane Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-02062015-110023/
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Resumo: |
Introdução: A avaliação perceptivo-auditiva é considerada o primeiro método para diagnosticar a disfunção velofaríngea e, por ser subjetiva, há muitas controvérsias sobre a utilização desta forma de avaliação como o único meio para avaliar a ressonância de fala. Portanto, o uso de medidas instrumentais objetivas, como, a nasometria, por exemplo, tem sido recomendado. Porém, ainda há uma falta de padronização dos testes usados, sendo necessária a realização da confiabilidade entre os métodos para maior credibilidade clínica e científica. Objetivos: Descrever e comparar os resultados da nasalidade de fala de indivíduos com fissura labiopalatina, obtidos por meio do julgamento perceptivo-auditivo realizado ao vivo com a escala de 4-pontos, do Teste de Hipernasalidade (THIPER), do julgamento perceptivo-auditivo de gravações de áudio por juízes e da nasometria. Estabelecer sensibilidade, especificidade e eficiência geral do nasômetro. Material e Métodos: A casuística foi constituída de 331 pacientes (ambos os sexos), com fissura labiopalatina unilateral operada do palato entre 9 e 18 meses de idade, por três cirurgiões (C1, C2 e C3). Os dados do julgamento perceptivo-auditivo ao vivo com a escala de 4-pontos, do THIPER e da nasometria foram coletados do prontuário de cada paciente, e os dados do julgamento por juízes foram realizados a partir de gravações de frases contendo consoantes de baixa pressão (BP) previamente realizadas nestes pacientes. Todas as avaliações e gravações coletadas foram realizadas entre 5 e 13 anos (média = 8 anos) de idade. O limite de corte estabelecido para a sensibilidade e especificidade do nasômetro foi de 27%. Resultados: Foram observadas as mesmas porcentagens de ausência de hipernasalidade no julgamento perceptivo ao vivo e no THIPER, sendo de 83% para os pacientes operados pelo C1, de 73% pelo C2 e de 81% pelo C3. As obtidas pelo julgamento das gravações por juízes foram de 70% (C1), de 54% (C2) e de 73% (C3). As obtidas pela nasometria foram de 66% (C1) e de 52% (C2 e C3). Não houve diferenças significantes apenas entre as modalidades do julgamento ao vivo e do THIPER para os pacientes do C1, C2 e C3 e entre o julgamento por juízes e a nasometria para o C1 e C2. A concordância Kappa entre as modalidades de avaliação variou entre 70% e 95% (K = 0,24 - 0,86), sendo de regular a quase perfeita. Os valores de sensibilidade, especificidade e eficiência geral da nasometria encontrados para C1, C2, C3 foi de 0,51, 0,81 e 0,71, de 0,79, 0,85 e 0,82 e de 0,53, 0,96 e 0,76, respectivamente. Conclusões: Os resultados revelaram que os índices de sensibilidade do nasômetro foram menores para os pacientes do C1 e do C3, e de especificidade maior para os do C3. Houve maior concordância (quase perfeita) entre os resultados do julgamento ao vivo e o THIPER para os pacientes dos três cirurgiões, demonstrando que estas modalidades de avaliações têm boa validade para a avaliação clínica da hipernasalidade, porém com a desvantagem de os dados não poderem ser reproduzidos, quantificados e nem compartilhados por outros membros da equipe. |