Estado nutricional e consumo alimentar de meninos de 7 a 10 anos que praticam futebol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Magni, Patrícia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-04122023-132845/
Resumo: A obesidade em crianças tem aumentado, fundamentalmente devido ao sedentarismo e a ingestão de dietas com alta densidade energética. A prática de atividades física tem sido recomendadas para a prevenção do excesso de peso Pensando no fato que -a obesidade na infância traz riscos para a vida adulta e que tanto a atividade física quanto a alimentação são fundamentais para manter o peso, este trabalho foi proposto com o objetivo de a)avaliar o estado nutricional de crianças escolares, de 7 a 10,9 anos, que freqüentam escolas de futebol regularmente; b)caracterizar os hábitos alimentares desse grupo. A amostra foi formada por 295 crianças. O estado nutricional foi avaliado pelos indicadores estatura/idade e IMC (índice de massa corporal), utllizando-se como padrão de referência o NCHS. Os hábitos e consumos alimentares foram levantados através dos inquéritos de freqüência de consumo alimentar e recordatório de 24 horas. À estimativa da adequação de consumo energético e protéico implicou na criação de indivíduos-tipo para cada idade, que serviu -de padrão de comparação para a população estudada. Construíram-se curvas para os percentis 10, 50·e 90 de peso corporal do padrão NCHS. A prevalência de excesso de peso foi 31,6%. Em relação à estatura, verificou-se que 51,9% das crianças estão com o z-score acima de zero e 5,8% abaixo de -1,65. Supõe-se que o sedentarismo é um dos principais determinantes do excesso de peso nas crianças que passavam de 4 a 5 horas paradas em frente a TV, vídeo-game e/ou computadores. O consumo médio de energia ficou em torno de 2000 calorias por dia, valor acima das necessidades do indivíduo-tipo correspondente ao percentil 50. O consumo médio de proteínas ficou bem acima do percentil 90. A distribuição de carboidratos, proteínas, gorduras totais e gorduras saturadas em relação ao valor calórico total foi de 52%, 18%, 30% 3 16,7%, respectivamente. Praticamente todas as crianças realizam as principais refeições (café da manhã, almoço e jantar); o lanche da tarde foi consumido por 72,4% dos indivíduos, o lanche da manhã, por 52,9% e o lanche-noturno, por 21,8%. Os alimentos consumidos por mais de 50% das crianças foram: leite, achocolatado, margarina, pão (café da manhã e lanches); arroz, feijão e came (almoço e jantar). A prevalência de excesso de peso em crianças é alto mesmo praticando um esporte regularmente. Apesar da porcentagem de macronutrientes estar equilibrada, o consumo calórico é alto com grande presença de açúcares e gorduras saturadas na dieta. É necessário que sejam adotadas, nas escolas, algumas medidas preventivas, tais como, introduzir no currículo escolar ou extra-escolar uma disciplina ou espaço abordando o assunto: nutrição e alimentação; trabalho educativo junto às lanchonetes; revisar a programação de aulas de educação física.