Hábitos de vida e perfil da aptidão física de escolares dos anos finais do ensino fundamental durante a pandemia de Covid-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Mello, João Henrique Ploia
Orientador(a): Gaya, Adroaldo Cezar Araujo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/257565
Resumo: Introdução: Os hábitos de vida e perfil da aptidão física de estudantes sofreram diversas alterações no decorrer da pandemia de COVID-19. Essas mudanças estão associadas aos baixos níveis de atividade física, aumento do comportamento sedentário e hábitos alimentares inadequados durante o período de isolamento, além de possíveis interferências na aptidão física e motivação de escolares. Objetivos: O presente estudo tem como objetivos identificar 1) as motivações para aulas de educação física, 2) os hábitos de vida referentes a atividade física, comportamento sedentário e hábitos alimentares, e 3) o perfil da aptidão física autorrelatada de escolares dos anos finais do ensino fundamental. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo transversal com abordagem quantitativa realizado com escolares dos anos finais do ensino fundamental. Foram avaliados indicadores motivacionais para as aulas de educação física remotas, hábitos de vida e aptidão física. Os dados foram coletados através de questionários com perguntas de múltipla escolha envolvendo as dimensões do estudo, e analisados através de medidas de ocorrência, observando as frequências absolutas e relativas. Resultados: Participaram da pesquisa 492 alunos, de oito escolas municipais de Tramandaí, RS. Os resultados do estudo indicaram que os alunos atribuíam sua desmotivação às aulas pouco atrativas e por não gostar de educação física. Aqueles que se sentiam motivados relataram que era devido a poder praticar exercícios (meninos), e por aprender algo diferente e ter afinidade com os professores (meninas). A maioria informou que não consegui manter frequência de exercícios semanais, e o pouco que faziam, era inferior a uma hora. Observou-se ainda os escolares mantinham maior envolvimento em atividades sedentárias como assistir televisão/vídeo game, ler/estudar e ouvir músicas. Sobre o deslocamento ativo, caminhar ou pedalar até a escola faz parte da rotina da maior parte dos alunos. Pouco mais de 10% afirmaram que realizavam atividades esportivas/dança antes do início da pandemia. Com relação aos hábitos alimentares, mais de 60% relataram não manter regularidade no consumo de frutas e verduras. Já o consumo de alimentos não saudáveis não faz parte do cotidiano de mais de 70% do grupo avaliado. Referente a aptidão física geral, 72,9% das meninas e 43,4% dos meninos apresentam baixos níveis. Conclusão: Os resultados positivos do estudo apontam que os alunos apresentavam motivação para as aulas remotas de educação física e que mantinham hábitos alimentares melhores que a população brasileira. No entanto, não demonstravam hábitos saudáveis em relação a atividade física e comportamento sedentário, e apresentaram baixos níveis de aptidão física.