Avaliação nutricional e caracterização sócio-demográfica de portadores de hanseníase - SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Garcia, Ivie Caroline de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-26092022-152139/
Resumo: Introdução - A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, de evolução lenta, que se manifesta por meio de lesões na pele e nos nervos periféricos, sendo importante caracterizar o estado nutricional dos pacientes. Objetivo - Avaliar o estado nutricional de indivíduos adultos com hanseníase. Métodos - Trata-se de um estudo epidemiológico observacional do tipo transversal, com coleta de dados primários que foi desenvolvido no Hospital das Clínicas da FMUSP, Centro de Dermatologia Sanitária em São Paulo e Instituto Lauro de Souza Lima em Bauru. Para avaliar o consumo alimentar foi adotado o Inquérito Rec 24h e um questionário para caracterização das variáveis sócio-demográficas, clínicas, antropométricas e dos hábitos e práticas alimentares. Resultados - A população nos três locais foi composta por 91 pacientes, com predominância do gênero masculino e idade entre 23 a 79 anos. A maior concentração ocorreu na faixa de 40 a 59 anos que representou 43% dos pacientes. Houve predomínio do estado civil casado. A maior parte da população (41,8%) constituiu-se de trabalhadores ativos e 10% encontrava-se afastada de suas atividades, 70%, possuíam o nível fundamental incompleto e 22% eram analfabetos. Os indivíduos (80,3%) recebiam até 2 salários mínimos. A maioria da população (61,5%) não praticava atividade física. Com relação à prática alimentar 71,4% realizavam entre 3 e 4 refeições diárias. Observou-se 13,1% de obesidade (classes 1 e 2) 3,2% de baixo peso. Após o diagnóstico da doença 16,5% referiram ter deixado de comer carne de pato, porco, peixe, lingüiça e ovos, 12,1 % referiram acreditar que a alimentação provocava hanseníase e 30,8% que a alimentação poderia piorar a hanseníase. Conclusões - A população de estudo apresentou-se com baixa renda, baixa escolaridade e predomínio de pré-obesidade. Os pacientes referiram ter mudado a alimentação após o diagnóstico da doença e que alguns alimentos provocavam hanseníase. Devido às crenças e ao pouco conhecimento sobre nutrição, a avaliação e orientação nutricional são indispensáveis no tratamento e na melhoria da qualidade de vida dos portadores da Moléstia de Hansen.