Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Martins, Cláudia Sant'Ana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-22122015-114120/
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Resumo: |
O objeto de estudo deste trabalho é a tradução de Os lusíadas, de Luís Vaz de Camões, feita pelo poeta escocês William Julius Mickle e publicada na Inglaterra em 1776. Essa tradução foi um sucesso na época de sua publicação e no século seguinte, tornando-se, ao longo dos anos, a mais lida e citada de todas as traduções da obra para o inglês. Pretende-se mostrar que a tradução de Mickle reflete a intrincada rede de convenções, normas e interesses vigentes no Reino da Grã-Bretanha no final do século XVIII, e que as grandes liberdades tomadas por Mickle com o poema original se articulam a fatores históricos, sociais e econômicos, assim como às normas culturais da época, uma fase de transição entre o Neoclassicismo augustano e o Romantismo. A tese a ser demonstrada é que, em sua tradução e nos elementos paratextuais que a acompanham, Mickle reencena e atualiza o conceito medieval da translatio imperii et studii a ideia de que haveria uma transmissão do leste para o oeste não só do controle imperial, mas também da cultura e do conhecimento. Mickle adaptou o épico camoniano para o público britânico do final do século XVIII, rotulou-o como A Epopeia do Comércio e acrescentou paratextos de cunho ideológico. Manipulando o poema original tanto no aspecto poético quanto ideológico, Mickle transformou Os lusíadas em uma narrativa a serviço do Império Britânico e contribuiu como outros poetas de sua época que celebraram o crescimento da riqueza e do poder britânicos para forjar uma identidade poética e cultural para o Império Britânico. |