Da inventiva ao papel: Oralidade e escrita na obra de Elomar Figueira Mello

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Bertelli, Letícia de Queiroz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27157/tde-02042024-113128/
Resumo: Percorrer o território inventivo de Elomar, caminhar ao seu lado pelas fendas do tempo de seus sertões para ouvir as narrativas que marcaram o chão do seu estradar. Compreendê-lo pelas marcas de suas experiências para então buscar os elos que o ligam a outros cantadores em sentidos mútuos de pastorear palavras. Ouvi-lo, ouvir a obra, ouvir aqueles que construíram os saberes que alicerçam os caminhos teóricos de nossa pesquisa no campo das oralidades e escritas. Nosso trabalho coloca a partitura, especialmente em Elomar, como um instrumento a ser revisto e relativizado. Para tanto, discorremos sobre como se dão os ajustes necessários para representar as várias linguagens presentes na obra, tratando especificamente características de sua oralidade, e buscamos ampliar as possibilidades de leitura a partir da contextualização das musicalidades impressas. Reunindo a diversificada produção acadêmica sobre sua obra e colaborando com novas análises, nossa abordagem conduziu a duas perspectivas: a primeira, de que a figura deste cantador narrador persiste no tempo em tradições renovadas quanto a linguagens e meios de comunicação, incluindo a partiturização. E a segunda, na visão de que sua ópera, como ampliação do discurso narrativo de seu cancioneiro, se presentifica não dentro da tradição do gênero europeu, mas como forma genuinamente brasileira de continuidade da tradição romanceira, ainda que tendo em seu horizonte as salas de concerto.