Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Pavani, Andréia Pereira de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25152/tde-17112021-121820/
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Resumo: |
A desmineralização óssea tem se mostrado vantajosa em procedimentos de enxertia. Dados recentes revelam que esse processo pode promover consolidação de enxertos, proliferação e diferenciação celular. Resultados em culturas de células, estudos em animais e enxertos em bloco em humanos se mostraram vantajosos. Porém sua utilização na periodontia em enxertos ósseos autógenos particulados não está ainda descrita na literatura. Portanto, neste estudo clínico randomizado, controlado, boca dividida, duplo-cego, foram investigados em seres humanos, os efeitos da desmineralização óssea de enxertos ósseos autógenos particulados sobre o reparo de defeitos periodontais infra-ósseos de 2 ou 3 paredes, ou defeitos combinados de 2 e 3 paredes, sendo o enxerto coletado da tábua óssea vestibular próxima ao defeito a ser tratado. No grupo controle (GC) foi enxertado osso autógeno particulado e no grupo teste (GT) o enxerto foi submetido à desmineralização por ácido cítrico pH 1 a 10% por 30 segundos. Foram realizadas análises clínicas (índice de placa - IP, índice gengival - IG, profundidade de sondagem - PS, recessão gengival - RG, nível de inserção clínico NIC, nível de inserção relativo NIR e quantidade/largura da mucosa ceratinizada MC), nos períodos pré (baseline primeiro contato com o paciente), trans (T0 imediatamente antes de iniciar a cirurgia) e pós-operatórios (3, 6, 9 e 12 meses, respectivamente T3, T6, T9 e T12). Avaliações radiográficas foram realizadas no baseline (para diagnóstico) e em T6 e T12 para comprovação da formação óssea. Utilizando o software ImageJ, distâncias lineares foram obtidas das imagens radiográficas: da JCE até o início do defeito periodontal/crista óssea (JCE_CO), da JCE até o final do defeito (JCE_Fundo), medida do ângulo do defeito e da densidade óssea. Foram incluídos neste estudo 14 pacientes (oito homens e seis mulheres) com idade entre 28 e 70 anos (41,07 ± 12,03 anos) que apresentaram 17 sítios a serem tratados em cada grupo (GC=17 e GT=17). Os resultados clínicos demonstraram redução estatística significativa do IP do baseline para T0 e do IG de T0 para T6 e T9 em ambos os grupos. Houve redução estatística significativa também para os parâmetros PS, NIC e NIR do T0 para T6, representando ganho de inserção clínico em ambos os grupos. Para o parâmetro RG houve aumento do baseline para T0. Os resultados radiográficos demonstraram preenchimento ósseo por meio da redução estatística significativa das medidas JCE_Fundo avaliadas do baseline para T6, bem como aumento significativo no ângulo do defeito no mesmo período. A densidade óssea melhorou significativamente ao longo do estudo, tanto do baseline para o T6, como do T6 para o T12. Não houve diferença estatística significativa entre os grupos experimentais para nenhum dos parâmetros avaliados em nenhum dos períodos do estudo. Conclui-se que o enxerto ósseo autógeno particulado, desmineralizado ou não, foi eficaz para o tratamento dos defeitos infra-ósseos desta amostra, resultando em ganho de inserção periodontal e preenchimento ósseo radiográfico, de forma semelhante entre os grupos avaliados. Novos estudos são necessários considerando as especulações apontadas no presente trabalho. |