Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Domingues, Roberta Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25146/tde-02092013-105942/
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Resumo: |
Para testar a hipótese de que a desmineralização in situ das superfícies de contato enxerto-leito, e a forma como o enxerto é estabilizado ao leito, podem influenciar os mecanismos envolvidos na consolidação do enxerto, fragmentos ósseos de 10 mm de diâmetro foram removidos das metáfises proximais tibiais de 36 coelhos (Oryctolagus Cuniculus) e transplantados para uma área adjacente. Na tíbia esquerda dos animais, as superfícies de contato do enxerto e do leito hospedeiro foram desmineralizadas com ácido cítrico pH 1,0 por 3 minutos antes dos enxertos serem fixados ao leito. Na tíbia direita, o transplante do bloco ósseo não foi precedido de desmineralização. Metade dos enxertos foi imobilizada sobre o leito pela superposição de uma membrana não reabsorvível de politetrafluoretileno colada com cianoacrilato ao leito à distância da interface enxerto-leito. A outra metade dos enxertos foi fixada por um parafuso de titânio no centro do enxerto. Assim, foram formados 4 grupos de estudo: membrana (M), membrana + ácido (MA), parafuso (P) e parafuso + ácido (PA). Três animais de cada grupo forneceram espécimes para análise microscópica quantitativa e qualitativa aos 15, 30 e 45 dias de pós-operatório. A análise qualitativa demonstrou que não houve formação óssea na interface em nenhum espécime aos 15 dias e que nos demais períodos, em todos os grupos, a quantidade de tecido ósseo neoformado na interface e seu estágio de maturação aumentaram com o tempo. Ambos os métodos de fixação empregados foram eficientes em manter os enxertos em posição, porém a membrana promoveu menor reabsorção da estrutura do enxerto. A análise quantitativa computadorizada revelou que, aos 30 dias, os grupos MA e PA apresentaram maior área de formação óssea na interface (71,34 ± 12,03%; 56,74 ± 2,15% respectivamente) em relação aos grupos M e P (51,75 ± 11,02%; 43,95 ± 4,05% respectivamente) e superfícies de consolidação óssea mais extensas (93,41 ± 5,95%; 93,73 ± 4,96% respectivamente) do que os grupos sem tratamento ácido (73,49 ± 7,7%; 73,77 ± 11,77% respectivamente para M e P), sendo essas diferenças estatisticamente significantes (p<0,05). Aos 45 dias de pós-operatório, os grupos MA e PA (71,18 ± 8,9%; 58,97 ± 3,97% respectivamente) apresentaram resultados superiores aos grupos M e P (59,78 ± 11,28%; 46,08 ± 3,53% respectivamente) em relação à área de neoformação óssea na interface, porém essa diferença não foi significativa. Concluiu-se que a desmineralização ácida das superfícies contactantes nos enxertos ósseos autógenos em bloco na tíbia de coelhos promoveu a osteogênese na interface enxerto-leito e acelerou a consolidação dos enxertos. Além disso, quando o tratamento ácido foi associado ao uso de membrana como método de fixação, a consolidação e grau de reabsorção óssea foram otimizados. |