A parábola do homem estagnado em Nenhum olhar, de José Luís Peixoto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Costa, Cibele Lopresti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-05082016-151716/
Resumo: Este trabalho tem o objetivo de registrar o processo de uma leitura de Nenhum olhar, de José Luís Peixoto, a partir do reconhecimento de um conjunto de enigmas que o romance elabora, estendendo a negatividade do título às várias camadas do texto narrativo. O método escolhido para a análise baseia-se na hermenêutica de Paul Ricoeur, que destaca a relação tensionada entre o texto literário (como conjunto de enigmas) e o leitor (com sua bagagem decifrativa). A análise textual realizada proporcionou a observação dos mecanismos de enunciação que dotam o texto de um particular hermetismo. Através desses mecanismos, José Luís Peixoto apresenta uma abordagem bastante complexificadora do homem simples do Alentejo. Por meio deles, foi possível identificar aproximações entre o texto peixoteano e as parábolas bíblicas. E na universalidade que essa abordagem é capaz de atingir, Nenhum olhar é aqui lido como parábola contemporânea do homem estagnado.