Águias, cisnes e vermes: o imaginário animal na literatura simbolista e decadentista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Matangrano, Bruno Anselmi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-07062019-110830/
Resumo: As poéticas simbolista e decadentista surgiram no último quarto do século XIX, em Paris, como reação ao movimento naturalista e ao pensamento positivista e cientificista de então; logo se espalharam para outros países, dentre os quais se destacam Bélgica, Portugal e Brasil, cujos autores continuaram a manter intenso diálogo com a produção da capital francesa. As obras escritas nesse contexto costumavam apresentar preocupações quanto ao aspecto metafísico da existência, buscando correspondências entre mundo natural e mundo espiritual, ao mesmo tempo em que propunham uma série de inovações estético-formais, como o verso livre e a prosa poética. No plano temático, voltavam-se a mitos e lendas difundidos no imaginário ocidental, resgatando símbolos antigos para instaurar novas significações e atualizar imagens já desgastadas. Tendo em vista esse contexto e os recentes estudos sobre a representação dos animais na literatura, a presente tese procurou verificar em que medida os animais se fazem presentes e se revelam importantes no imaginário finissecular e de que maneira houve inovação na forma como foram retratados. Paralelamente, pretendeu-se confirmar a existência de um imaginário animal comum aos poetas e prosadores simbolistas e decadentistas, independentemente de seu país de origem, e apesar das particularidades próprias de cada autor ou obra. Para tanto, partindo das imagens da águia, do cisne e do verme, três dos animais mais recorrentes e significativos para o contexto finissecular, em autores de língua francesa e portuguesa, buscou-se interpretá-las em seu próprio contexto e comparálas com as simbologias atribuídas pela tradição de modo a averiguar as inovações propostas pelos simbolistas e decadentistas e as particularidades de seu imaginário animal.