A estética decadentista em \'A confissão de Lúcio\' de Mário de Sá Carneiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Biscaia, Maria Carolina Vazzoler
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-24082007-150913/
Resumo: Mário de Sá-Carneiro, antes de escrever A confissão de Lúcio, entrou em contato com o Decadentismo, tendência do final do século XIX, caracterizada por um desamparo perante o mundo. O tema decadentista, como seu próprio nome sugere, circula em torno de uma visão pessimista da vida, bem ao gosto da geração mais extremada do Romantismo. Os decadentes cultuam o bizarro e as esquisitices, as noites sombrias, a introspecção e a morte. A visão de mundo decadente é bastante intimista e existe um grande interesse pelo universo interior e secreto das personagens, visão que leva a valorização do mistério e do fantástico. A literatura decadente sugere ainda uma busca incessante pelo fim do tédio, que pode ser atingido com os extremos das sensações, e do gosto pela artificialidade. Os cenários são sempre urbanos e muitas vezes bizarros, muitas luzes, reflexos e um turbilhão de estímulos aos sentidos. Nada na estética decadente parece natural, principalmente a arte, que além de sacralizada ainda é alçada a condição dos extremos. Como se pode notar as características do Decadentismo estão muito presentes em toda obra estudada e esta dissertação pretende revelar em que medida aparecem em A confissão de Lúcio de Mário de Sá-Carneiro.