Avaliação radiográfica, ultrassonográfica e endócrina do ciclo reprodutivo de jabutis-piranga (Geochelone carbonaria, SPIX, 1824) e jabutis-tinga (Geochelone denticulata, Lineu, 1766)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Teixeira, Cynthia Maria Carpigiani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-11052009-101503/
Resumo: O principal objetivo desta pesquisa foi o acompanhamento clínico-laboratorial do ciclo reprodutivo de jabuti-piranga (Geochelone carbonaria, SPIX, 1824) e jabuti-tinga (Geochelone denticulata, Lineu, 1766) servindo-se de métodos minimamente invasivos como imagens radiográficas, ultrassonográficas e alterações hormonais séricas em fêmeas hígidas em idade reprodutiva. Para tanto, ao longo de 13 meses seguidos, foram utilizadas 7 fêmeas de G. carbonaria e 5 fêmeas de G. denticulata mantidas em recinto comum, hígidas e em idade reprodutiva. As variações médias de umidade do ar, índices pluviométricos, temperatura e fotoperíodo foram acompanhados semanalmente. Todos os animais foram avaliados uma vez ao mês. As imagens radiográficas dorso-ventrais foram feitas com os animais em estação na Fundação Parque Zoológico de São Paulo em aparelho fixo e submetidos a exposições de 300 mA por 1/60 segundo. Cada fêmea radiografada teve seus ovos mensurados com o auxílio de um paquímetro. No acompanhamento ultrassonográfico utilizou-se aparelho com microtransdutor convexo de freqüência dupla 4 e 7,5 mHz, enfatizando-se as estruturas ovarianas (folículos em desenvolvimento e desenvolvidos) e a presença ou não de ovos com casca no oviduto. Esta avaliação foi feita através das janelas acústicas craniais e inguinais por período um pouco maior que 10 minutos. As estruturas ovarianas foram mensuradas seguindo uma escala interna ao aparelho durante o exame e as imagens foram gravadas digitalmente para posterior recuperação. Realizou-se o acompanhamento do ciclo reprodutivo através de colheitas seriadas de sangue para a dosagem de estrógeno, progesterona, testosterona e corticosterona. Para as colheitas de sangue os animais foram fisicamente contidos, permanecendo sustentados por suporte metálico. Estas foram feitas prioritariamente através de punção da veia jugular. As amostras foram dosadas no Laboratório de Dosagens Hormonais do Departamento de Reprodução Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da USP, por meio de kits comerciais de radioimunoensaio (RIA) em fase sólida. Onde foi possível se verificar alterações entre as duas espécies no que diz respeito ao ciclo anual. Foi possível verificar um pico de progesterona dois meses antes do pico de folículos em desenvolvimento na G. carbonaria enquanto que na G. denticulata, houve início de desenvolvimento folicular dois meses após uma marcada elevação dos níveis séricos de progesterona, porém o pico de progesterona só se verificou no início do verão. Os níveis séricos de testosterona e corticosterona observados em fêmeas de ambas as espécies não mostraram variações significativas ao longo do ano. Pela ultrassonografia foi possível verificar a vitelogênese nas fêmeas estudadas. A G. carbonaria apresentou pico de estradiol no início do verão enquanto a G. denticulata no final deste, coincidindo coma maior freqüência de observação de folículos desenvolvidos pelo exame ultrassonográfico. As fêmeas de G. carbonaria se mostraram mais eficientes na produção de ovos que as G. denticulata. Ambas as espécies realizaram uma postura anual.