Efeitos da suplementação de coenzima q10 em mulheres com síndrome metabólica e esteatose hepática: ensaio clínico randomizado controlado duplo-cego

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Casagrande, Daniela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17162/tde-11062021-075151/
Resumo: A Coenzima Q10 (CoQ10) é um componente presente na cadeia de transporte de elétrons mitocondrial, apresenta propriedade antioxidante, e sua suplementação pode ser útil no tratamento da obesidade, do estresse oxidativo e do processo inflamatório presente na Síndrome Metabólica (SM) e Doença Hepática Gordurosa não Alcóolica (DHGNA). O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da suplementação de CoQ10 nos biomarcadores de estresse oxidativo e no controle metabólico em mulheres com SM e DHGNA. Foi conduzido um ensaio clínico controlado randomizado duplo-cego. No total 22 pacientes foram randomizados para suplementação com 200mg/dia de CoQ10 ou placebo por 12 semanas, sendo 11 no grupo intervenção e 11 no placebo. Foram avaliados os perfis antropométricos e composição corporal por meio de bioimpedância, perfil lipídico e glicídico, pressão arterial sistêmica, função hepática e marcadores do estresse oxidativo. A esteatose hepática presente na DHGNA e o volume de gordura abdominal foram avaliados por meio de Ressonância Magnética Nuclear (MRN). A porcentagem de massa gorda diminuiu significativamente em ambos os grupos (p = 0,04 e p = 0,03). Foram observados diminuição do volume da gordura visceral (p = 0,02) e da circunferência abdominal (p = 0,03), aumento do HDL-colesterol (p = 0,01) e diminuição da variável FOX (p = 0,04) apenas no grupo suplementado com CoQ10. No entanto, não houve alterações estatísticas significativas em nenhuma das variáveis nas análises entre os grupos. Podemos concluir que a suplementação com 200mg/dia de CoQ10 por 12 semanas trouxe alguns benefícios importantes para o grupo suplementado, mesmo que de forma modesta, e que apesar de bem tolerada não foi suficiente para promover efeitos significativos nos marcadores da SM e DHGNA quando comparada ao grupo controle.