Industrialização e políticas de desenvolvimento regional: o Vale do Paraíba Paulista na segunda metade do século XX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Vieira, Edson Trajano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-03022010-143611/
Resumo: Na história econômica do capitalismo, a busca pelo desenvolvimento econômico sempre esteve associada à industrialização. Os países que fizeram a primeira e a segunda revolução industrial são aqueles considerados desenvolvidos e esse caminho da industrialização passa ser a grande busca dos países em desenvolvimento. Vários deles conseguiram êxito no século XX, entre eles, o Brasil. Entretanto, com a internacionalização da produção e a inovação tecnológica mais intensa, a industrialização não resolveu o problema do subdesenvolvimento. A produtividade econômica não resultou na produtividade social. O objetivo da tese foi analisar essa relação entre industrialização e desenvolvimento econômico e os limites das políticas públicas regionais nesse processo. Em especial, como ocorreu em escala regional no Estado de São Paulo e, sobretudo, no Vale do Paraíba paulista, após a segunda guerra mundial. A partir do levantamento de séries de informações quantitativas históricas, mesmo limitadas em relação ao desenvolvimento, foi possível concluir que as políticas de desenvolvimento econômico no Vale do Paraíba tiveram êxito em relação ao crescimento econômico, mas falharam em relação ao processo de distribuição espacial da renda, com uma concentração ainda maior depois dessas políticas na década de 1970, por conta da redução do efeito de transbordamento para as demais áreas vizinhas. Observou-se também ineficácia dos modelos de desenvolvimento regional reduzindo o efeito multiplicador dos investimentos, como o ocorrido no Vale do Paraíba paulista, onde a industrialização ficou limitada a uma microrregião. As limitações dos indicadores sociais não permitem fazer uma análise mais aprofundada do desenvolvimento econômico resultante da industrialização na região. Conclui-se, portanto, que há necessidade de serem incluídas novas variáveis na busca qualitativa que ultrapassem a barreira econômica já que entendemos que o desenvolvimento econômico envolve variáveis, além das econômicas. A política de desenvolvimento regional deve ser repensada e reclassificada em outras categorias como as realizações feitas com os recursos disponíveis na busca da melhores condições de vida, o estabelecimento de valores conforme a cultura local, nas relações sociais entre os indivíduos da região e, principalmente, a busca dos valores além dos econômicos. Não precisamos de modelos econométricos de desenvolvimento econômico regional, mas de ações que favoreçam as políticas endógenas nesse mundo econômico cada vez mais global e com responsabilidades sociais locais.