Laboratório do cotidiano: ensinando física em um curso de magistério

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Sampaio, Fátima Cruz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48133/tde-27022015-112339/
Resumo: Relata-se no texto uma situação de pesquisa-ação em Educação. Esta metodologia de pesquisa se caracteriza por uma sequência típica de ação-reflexão-ação, que envolve e implica a comunidade pesquisada. Trata-se da análise da intervenção pedagógica da autora em classes de 1ª série da Habilitação Magistério dentro do Projeto Centro Específico de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério (CEFAM) do bairro Butantã, na cidade de São Paulo, lecionando a disciplina Física, de 1991 a 1997. Por fim, foi (re)contextualizada a situação investigada. Num primeiro momento, a ação da pesquisadora-professora dentro do processo ensino-aprendizagem, centrou-se na estruturação do conteúdo conceitual de Física, num esquema que começou a denominar o Laboratório do Cotidiano do estudante, caracterizado por promover a aprendizagem a partir de situações que lhe são familiares e é uma contribuição do presente estudo ao ensino de Física no Grau de Magistério. Os resultados das reflexões contínuas sobre as ações, engendrando novas ações em cadeia, mostraram, entretanto, que é impossível atingir uma receita para o Ensino de Física, provavelmente em qualquer grau de escolaridade, apenas estruturando o conteúdo, se se deseja que os estudantes criem uma visão epistemológica diferente para os conceitos físicos, se formem como sujeitos críticos, criativos, autônomos, porém cooperativos. Assim, é necessário atentar-se para a interação social dentro da sala de aula, envolvendo todos os seus componentes, promovendo as falas entre os alunos e entre o professor e os alunos, como também a escuta atenta das mesmas, sendo esta escuta a mais importante das posturas facilitadoras da aprendizagem. Num segundo momento, ficou, pois, claro que é necessário enfocar também o Laboratório do Cotidiano do professor, conceito cunhado nesta pesquisa, que é a própria sala de aula, nascendo da reflexão o planejamento dinâmico de aula, informado pela prática, continuamente modificado e dando origem a um planejamento anual, repensado e avaliado em um continuum, quanto aos objetivos a serem alcançados, quanto aos conteúdos conceituais e de postura. Por fim, também advoga-se a escuta atenta das instituições escolares, entre si e pelas estruturas hierarquicamente superiores, responsáveis pela Educação, em particular dentro do conjunto de Projetos CEFAM existentes, resgatando seu propósito inicial de formação rápida de docentes competentes para as primeiras séries do 1º Grau.