Estudos sobre corpos de frutificação de Aspergillus nidulans (Eidam) Winter

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1968
Autor(a) principal: Baracho, Ivanhoé Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20240301-150924/
Resumo: O presente trabalho teve por objetivo principal verificar se, no fungo filamentoso Aspergillus nidulans (Eidam) Winter, havia ou não, uma correlação entre o tamanha do peritécio e sua condição de híbrido ou não­híbrido. Mas procurou-se, também, tirar algumas conclusões sôbre heterotalismo relativo e sôbre a formação de peritécio. Para isso, sete linhagens de A. nidulans foram analisadas com relação a produção de peritécios. Pôde-se concluir que duas linhagens produziram peritécios com ascosporos viáveis, duas produziram peritécios que não apresentaram ascosporos viáveis, uma produziu peritécios somente em tubos de ensaio após 2 meses de incubação e duas não produziram peritécios. Verificou-se, também, que as linhagens que produziram peritécios apresentaram, em certos casos, uma produção irregular e incerta. Essas linhagens foram cruzadas entre si, em tôdas as combinações possíveis (21 cruzamentos). De cada um dêsses cruzamentos de quatro a dezoito peritécios foram isolados, medidos e, em seguida, analisados, com vista a verificar se eram híbridos ou não. Grupando êsses peritécios, em classes, de acôrdo com o seu tamanho, os resultados obtidos foram os seguintes (estão descritos na dissertação). Em 246 peritécios analisados foram encontrados 106 peritécios não-híbridos, 105 peritécios híbridos e 35 peritécios que não produziram ascosporos viáveis. A análise estatística revelou a existência de uma correlação entre o tamanho do peritécio e sua condição de híbrido e não-híbrido. Quanto ao heterotalismo relativo foram encontrados sete cruzamentos em que a percentagem de peritécios híbridos foi superior a 50%, tomando como limite de significância os resultados que ocorrem com probabilidade menor do que 0,05 (41,1%) e também cinco cruzamentos com percentagem de peritécios não-híbridos superior a 50% (29,4). Quanto à formação de peritécios, em face da irregularidade com que essa formação se verifica, é sugerido que a mesma talvez esteja na dependência de fatôres citoplasmáticos complementares, que poderiam se dispersar quando do desenvolvimento do micélio, impedindo a formação de peritécios, ou tornariam a se reunir, pelo processo de anastomoses das hifas, dando lugar à formação de peritécios.