Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Albertini, Jéssica Gorrão Lopes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-09122019-103922/
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Resumo: |
Introdução: A presença de depressão durante a gravidez pode acrescentar dificuldades nos relacionamentos interpessoais da gestante, na formação de vínculos afetivos com o feto e na adaptação à nova rotina e papel social após o nascimento do bebê. Além disso, não há consenso sobre os impactos negativos da depressão na gravidez nos resultados de parto e nascimento. Alguns estudos relatam que a presença de sintomatologia depressiva na gravidez pode estar associada a risco aumentado para pré-eclâmpsia, prematuridade, baixo peso ao nascer e menor Índice de Apgar. Outros trabalhos, no entanto, não encontraram associação entre depressão na gravidez e desfechos perinatais desfavoráveis. Objetivos: Os objetivos deste estudo foram: avaliar a associação entre depressão e os desfechos de parto e nascimento; verificar a prevalência de depressão entre as gestantes de baixo e alto risco; identificar os fatores associados com a depressão durante a gravidez e identificar as doenças maternas que mais se associaram à depressão. Métodos: Foi realizado estudo transversal retrospectivo e prospectivo. Foram analisados retrospectivamente 684 protocolos assistenciais, entre 2002 e junho de 2017, utilizados rotineiramente no Serviço de Psicologia do Ambulatório da Divisão de Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e que avaliaram a presença de depressão por meio do questionário PRIME-MD. Prospectivamente foram avaliadas 76 pacientes atendidas no referido ambulatório entre julho de 2017 e julho de 2018. Foram acessados os prontuários eletrônicos das pacientes e o livro de parto do Centro Obstétrico para a obtenção dos dados de parto e nascimento. Foi utilizado o teste t de Student ou o teste não paramétrico de Mann-Whitney para a comparação dos grupos de pacientes com e sem depressão em relação a variáveis quantitativas, dependendo da distribuição da variável de interesse. Foi utilizado o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis para comparação de mais de dois grupos. Para avaliar a associação entre duas variáveis qualitativas foi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson ou o teste exato de Fisher, quando apropriado. Para avaliar o coeficiente de correlação entre duas variáveis quantitativas foi realizado teste estatístico de Pearson e Spearman, dependendo da distribuição de normalidade em cada grupo. Foram propostos modelos de regressão linear e logística para avaliar a associação entre depressão e os desfechos de parto e nascimento incluindo as demais covariáveis. Resultados: Foram incluídas no estudo 760 gestantes. A prevalência de depressão entre as participantes foi de 20,66% (n=157). No grupo de mulheres com gestação de baixo risco, 48 (21,05%) estavam em um episódio depressivo no momento da avaliação, e 109 (20,49%) das gestantes com alto risco. A idade média no grupo com depressão foi 30,01± 6,55 anos e de 29,81± 6,50 anos no grupo sem depressão. Entre as varáveis de caracterização, a quantidade de salários mínimos da renda familiar per capita, foi significativamente menor no grupo de gestantes com depressão (p=0,009). Em relação aos desfechos perinatais, o peso do recém-nascido e o índice de Apgar < 7 no 1º minuto foram significativamente menores no grupo com depressão em relação ao grupo sem depressão (p=0,03 e p=0,002, respectivamente). Conclusão: A depressão, além de expressar índices elevados neste estudo (20,66%) influencia significativamente o peso do recém-nascido e o índice de Apgar < 7 no 1º minuto |