Transtornos mentais durante a gravidez e condições do recém-nascido: estudo longitudinal com gestantes assistidas na atenção básica no município de Embu das Artes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Costa, Daisy Oliveira [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2695659
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47604
Resumo: Os transtornos mentais (TM) constituem um problema de saúde pública e a gestação pode desencadear ou exacerbar transtornos psiquiátricos, com consequente comprometimento da saúde da criança. A investigação de TM na Atenção Básica (AB) ainda é um desafio para os profissionais de saúde, com dificuldades na elaboração do diagnóstico Objetivo: Verificar a presença e possível associação entre diagnósticos prováveis de TM em gestantes usuárias da AB e condições dos recém-nascidos (RN). Métodos: Estudo longitudinal com gestantes (18 a 39 anos), durante o segundo e terceiro trimestres da gravidez, assistidas na AB da região Metropolitana de São Paulo, de fevereiro a agosto de 2014. Foram aplicados: questionário sociodemográfico, instrumento para Avaliação de TM para Atenção Primária (PRIME-MD) e entrevista sobre informações e percepção sobre o comportamento (choro, cólica, sono, alimentação) do RN. Resultados: Das 300 gestantes entrevistadas, 76 (26,6%) apresentaram diagnóstico provável de TM. Entre os transtornos, 46 (16,2%) gestantes apresentavam sintomas de depressão/distimia e 58 (20,4%) ansiedade/pânico. Observou-se baixo peso ao nascer (BPN) e prematuridade em 14 (4,9%) e 19 (6,7%) dos RN, respectivamente. Não foi verificada associação entre os diagnósticos prováveis de TM e BPN ou prematuridade; a presença de possíveis TM associou-se com a percepção materna de alterações no comportamento do RN (p = 0,001). Conclusão: Observou-se que gestantes em acompanhamento de pré-natal de baixo risco apresentam frequência relevante de TM com associação à percepção materna de alterações no comportamento do RN. A identificação de possíveis TM na gestação pode também colaborar para uma melhor compreensão da dinâmica do binômio mãe-filho e contribuir com a qualidade na assistência à família.