Avaliação do Estado Mental e validação do Perception of Pregnancy Risk Questionnaire em gestantes de alto risco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: RODRIGUES, Paula Adriana Borba
Orientador(a): SOUGEY, Everton Botelho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/19989
Resumo: Introdução: Cerca de 20% das gestantes apresentam fatores de morbidade e mortalidade que podem tornar a evolução da gestação desfavorável, constituindo o chamado grupo de alto risco. Esta é uma condição de maior probabilidade de comprometimento à saúde ou de significante risco materno ou fetal. A expectativa de risco de vida para si ou para o bebê pode predispor a gestante a apresentar um maior comprometimento em seu estado de saúde mental. Além de que a percepção do risco da mulher grávida pode influenciar os comportamentos de saúde durante a gravidez. Ser de alto risco, portanto, pode ser fator contribuinte para um estado de sofrimento mental e com isso necessitar de intervenções mais específicas. Objetivo: avaliar o estado de saúde mental de gestantes que preenchem critério para gestação de alto risco reprodutivo e validar um instrumento que medisse a percepção de risco destas gestantes. Método: realizado um estudo transversal conduzido em uma amostra de 456 gestantes, composta por 241 gestantes de alto risco e 215 gestantes de baixo risco como grupo comparativo, atendidas em serviços públicos de pré-natal, na cidade de Natal, RN. Avaliou-se o estado de saúde mental destas gestantes através da verificação da presença de Transtorno mental comum (TMC) e aplicou-se o instrumento Perception of Pregnancy Risk Questionnaire (PPRQ), como avaliação da percepção de risco, com a finalidade de validação à população brasileira. Resultados: A prevalência encontrada de TMC foi de 63,5% nas gestantes de alto risco, enquanto presente em 41,9% das gestantes de baixo risco (p<0,001). Na análise multivariada, o transtorno mental comum esteve associado a fatores como ser do grupo de risco, renda pessoal, planejamento da gravidez e história de transtorno mental anterior. O PPRQ demonstrou ser concordante entre suas variáveis e o seu total, além de boa confiabilidade extraída de uma alfa de Cronbach de 0,87 e adequado teste-resteste, semelhante ao instrumento original. Conclusão: De acordo com os dados disponíveis na literatura, consideramos que a prevalência de TMC em gestantes de alto risco encontrada neste estudo pode ser considerada alta, alertando para a importância da investigação sobre o estado de saúde mental nestas mulheres em serviços de pré-natal. A versão em português do PPRQ demonstrou resultados satisfatórios na tradução, adaptação e consistência interna, sugerindo esta versão para ser utilizado na população brasileira.