Entre aprender e ensinar, supervisão de campo: possibilidade de palavras para ser, pertencer e multiplicar na atenção psicológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Costa, Ana Clara Hermogenes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-25112014-113728/
Resumo: Em 2007, a partir de um pedido da diretoria do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU-USP) ao Laboratório de Estudos e Prática em Psicologia e Fenomenologia Existencial (LEFE-PSA/IPUSP) por cuidado psicológico para as equipes de saúde do Pronto Socorro e Unidade de Terapia Intensiva, nasce o projeto de Atenção Psicológica nessa instituição. Diante deste pedido, um grupo composto por estagiários da graduação, supervisor de projeto e supervisor de campo adentrou o hospital pela perspectiva da cartografia clínica com objetivo de conhecer a demanda a partir dos atores institucionais. Mostrou-se emergente a necessidade de atenção psicológica não apenas para aos profissionais de saúde, mas aos demais atores da instituição (pacientes, familiares, vigilantes, auxiliares de serviços gerais, etc.). Neste contexto, surge o Plantão Psicológico como proposta interventiva. O plantão configura-se como um espaço de cuidado a partir da disponibilidade do plantonista colocada a serviço daquele que demanda por cuidado; é uma experiência clínica que se diferencia de outras modalidades pela peculiaridade de seu setting terapêutico ser a atitude clínica do plantonista: a sede do próprio plantão permite essa atenção acontecer nos mais diversos espaços e com duração variada. Essa experiência coloca os alunos em contato com uma realidade profissional de uma área ainda em construção quanto ao lugar do psicólogo como profissional de saúde no contexto hospitalar. A pesquisa ora apresentada volta-se para a supervisão de campo como prática clínico-pedagógica, buscando, por meio das experiências daqueles que participaram deste projeto e da Fenomenologia Existencial como via de significação, compreender o sentido de supervisão de campo no campo quanto ao cuidado com a formação clínica de psicólogos dentro de uma perspectiva que trabalha a ação psicológica em moldes não tradicionais da Psicologia. Pelo revisitar da experiência em entrevista reflexiva coletiva foi possível compreender a supervisão de campo como espaço de cuidado e elaboração inicial do sentido sentido no experienciar clínico, viabilizado pela relação entre plantonista e supervisor de campo no acontecer de um aprendizado em duas vias: plantonista que se aprende plantonista e supervisor de campo que se aprende supervisor de campo