Práticas psicológicas em instituições e formação em psicologia : possibilidades de reflexões sobre o sentido da prática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Braga, Tatiana Benevides Magalhães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-16082007-152053/
Resumo: Esta pesquisa visa estudar, em uma perspectiva fenomenológica existencial, como as práticas psicológicas em instituições disponibilizam, para alunos estagiários destas práticas, a apreensão e a compreensão de modos de ação profissional, que se reconfiguram a partir da solicitação dada pelo contexto. Os modos de reflexão e construção do fazer clínico são investigados no âmbito destas práticas, buscando reconstituir o percurso de aprendizagem dos alunos. Para tanto, recorre-se a narrativas de alunos do curso de Psicologia de uma mesma Universidade, participantes de uma modalidade de práticas clínicas em instituições, o Plantão Psicológico, em projetos de extensão universitária. As narrativas em torno da experiência de aprendizagem da ação clínica através da prática foram colhidas por meio de depoimentos coletados a partir de uma pergunta disparadora e registrados através do uso de gravador. Depois de transcritos, trechos dos depoimentos foram esclarecidos junto aos participantes da pesquisa, e as respostas foram incorporadas aos depoimentos. Os depoimentos foram literalizados e devolvidos aos sujeitos para sua avaliação, veracizando-os. A análise dos depoimentos foi realizada conforme a proposta de Critelli, norteando-se pelo diálogo com um dos depoimentos em particular. Busca-se o sentido dos relatos e apresenta-se a crise e o desalojamento como lócus privilegiado para a desconstrução de conceitos pré-formados, resgatando a esfera da afetabilidade como condição da abertura de possibilidades para o encontro clínico. O resgate da própria percepção para a tecitura de um espaço intersubjetivo vai sendo construído a partir do seu questionamento nos espaços padagógicos de diálogo, particularmente na supervisão, e permite reconfigurar a reflexão teórica partindo-se da experiência. Este questionamento permite também a reconfiguração experiencial do encontro clínico como lugar de questionamento visando o resgate de sentido, a partir das possibilidades de compreensão abertas pela afetabilidade. Os depoimentos apontam para a necessidade de uma horizontalidade que favoreça a dialogia entre teoria e prática como forma de melhor possibilitar uma aprendizagem auto-apropriada.