O estágio de atendimento nos anos iniciais: experiência com plantão psicológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Nunes, André Prado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-29092015-173657/
Resumo: A partir de 2007, o Projeto de Atendimento em Plantão Psicológico do Laboratório de Estudos em Fenomenologia Existencial e Prática em Psicologia (LEFE-PSA/IPUSP) disponibilizou estágio a estudantes a partir do segundo ano do curso. Esta investigação buscou conhecer a experiência de quatro plantonistas que iniciaram o seu primeiro estágio de atendimento em plantão no terceiro semestre do curso. Entrevistas individuais foram realizadas, de modo a constituírem relatos sobre este momento de formação. Como percurso metodológico, buscou-se inspiração na fenomenologia hermenêutica e na analítica do sentido como via para explicitação de saberes e impasses que surgiram nas narrativas colhidas sobre plantão. Por um lado, os relatos revelaram como o plantão se organizou para cuidar deste estudante: o atendimento era realizado com psicólogos e colegas dos últimos semestres, sendo supervisionados em grupo, além de haver aulas sobre fenomenologia existencial e aconselhamento psicológico. Por outro lado, o projeto mostrou como cada estagiário, a partir de seus questionamentos, conduziu-se de modo singular ao longo de pelo menos um ano de estágio, outro requisito para ser entrevistado. Neste sentido, evidenciou-se que o plantão contempla múltiplos dizeres e posicionamentos dos estudantes como possibilidade de propiciar um aprender pela experiência (ação). Em busca de descobrirem-se psicólogos, os estagiários disseram dos desafios e impasses encontrados neste modo de aprender, remetendo-os à crise de identidade profissional, à perspectiva fenomenológica existencial e também às limitações da própria instituição no qual este projeto de extensão ocorre. Convocados pela atenção psicológica dos supervisores, os saberes dos plantonistas mostraram-se incorporados em seu agir, sendo difícil falar sobre, mas surgindo nas reflexões sobre situações de atendimento, conversas e supervisões contadas. Neste sentido a formação surgiu como formar-ação, pela aprendizagem significativa como via privilegiada de constituição do saber de ofício do psicólogo. Assim, a investigação destacou a relevância deste estágio ocorrer nos semestres inicias pelo modo como estagiários apresentaram uma compreensão pertinente de plantão nesta perspectiva. Por essa via, manifesta-se a urgência da clínica-escola contemplar projetos de estágio que, simultaneamente, diferenciem-se dos tradicionais treinamento, observação e aplicação de técnicas, contemplando serviços que atenção às demandas da clientela, em sua amplitude