Avaliação in vitro e in vivo de um sistema restaurador resinoso isento de Bisfenol-A, adaptado para uso na fixação de bráquetes ortodônticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Delgado, Renata Zoraida Rizental
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58135/tde-02122022-150357/
Resumo: O objetivo geral do presente trabalho foi comparar in vitro e in vivo a liberação de Bisfenol-A (BPA) de um sistema restaurador resinoso isento de BPA adaptado para uso na colagem de bráquetes ortodônticos (Adesivo Ambar APS e Resina Vittra APS), ao padrão-ouro Transbond XT. Os objetivos específicos incluíram a análise da Resistência ao Cisalhamento e Índice de Remanescente Adesivo (IRA) e parâmetros clínicos de quantificação de biofilme dentário, avaliação da saúde gengival e taxa de sobrevida (descolagem) dos bráquetes. Na etapa in vitro, discos fotopolimerizados de Transbond XT e Resina Vittra APS foram avaliados quanto à liberação de BPA por meio de cromatografia gasosa nos tempos de 30 minutos, 24 horas, 7 e 30 dias. Na análise de resistência ao cisalhamento e IRA, bráquetes foram fixados em pré-molares provenientes de biobanco com três protocolos de colagem (Transbond XT; e Adesivo Ambar APS associado à Resina Vittra APS pelas técnicas convencional e modificada) e analisados por máquina de ensaios universais e estereomicroscópio. A análise in vivo do BPA foi realizada em amostras salivares de 19 pacientes que tiveram bráquetes colados com Transbond XT ou com Adesivo Ambar APS e Resina Vittra APS (técnica modificada). A coleta foi realizada previamente à instalação do aparelho fixo, e após 30 minutos, 24 horas, 7 e 30 dias da colagem de bráquetes, sendo as amostras de saliva analisadas por cromatografia gasosa. Foi efetuada a quantificação de biofilme dentário e a avaliação da condição gengival, juntamente com a autopercepção de higiene bucal, com o uso do evidenciador de biofilme GC Tri Plaque ID GelTM. A taxa de sobrevida (descolagem) dos bráquetes foi avaliada por 12 meses. Os dados foram analisados por meio de testes estatísticos apropriados, com nível de significância de 5%. Verificou-se que apenas os discos de Transbond XT apresentaram traços de BPA no tempo de 30 dias, de acordo com o limite inferior da técnica. Nas análises in vitro de resistência ao cisalhamento e IRA, a técnica convencional (Adesivo Ambar APS e Resina Vittra APS) apresentou resultados inferiores, já técnica modificada e o Transbond XT não foram diferentes entre si. As maiores concentrações de BPA salivar encontraram-se no grupo controle (Transbond XT), em 30 minutos, 24 horas e 7 dias, retornando ao baseline em 30 dias. Por outro lado, não observou-se liberação adicional de BPA nos bráquetes colados pela técnica modificada. O biofilme dentário e o índice gengival foram menores no grupo experimental (Resina Vittra APS e adesivo Ambar APS) aos 7 dias da colagem de bráquetes. A autopercepção da higiene bucal dos pacientes apresentou diferença estatística pré e pós-utilização do GC Tri Plaque ID GelTM. A ausência de BPA não influenciou na taxa de sobrevida dos bráquetes. Conclui-se que o uso da Resina Vittra APS e do Adesivo Ambar APS pela técnica modificada não ocasionou a liberação de BPA, apresentou resistência ao cisalhamento e IRA adequados e menores índices clínicos de placa visível e saúde gengival. Ainda, demonstrou taxa de sobrevida semelhante ao controle após 12 meses, justificando sua indicação para uso clínico na colagem de bráquetes ortodônticos.