Representação e identidade cultural em \'Tabu Brasil\' e a linguagem dos documentários da National Geographic para a TV

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Rodrigues, Maria Luisa Prandina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-04082015-172551/
Resumo: Esta dissertação se propõe a problematizar as representações de tabu da sociedade brasileira, apresentadas na série de documentários Tabu Brasil, produzidos sob o viés do olhar da National Geographic Society. A hipótese que norteia este estudo é de que as representações de tabu na série focal, para além da mera exposição de casos, acabam marginalizando outros saberes e culturas, a partir de uma perspectiva situada e defendida por grupos hegemônicos no ocidente. A fundamentação teórica para esta análise apresenta como suporte principal os estudos discursivos de teóricos como Pechêux (1975, 1988, 1999), Foucault (1971, 1984, 1977) e Deleuze (1992), cujos conceitos de formação discursiva, sociedade disciplinar, relações entre poder, saber e verdade e de sociedade de controle serviram de base para a discussão. A análise versa sobre o imaginário construído em torno da questão de tabu, relativo à sociedade brasileira, a partir do ponto de vista dos produtores dos documentários, vislumbrando uma possível estereotipização e/ou um silenciamento para questões mais fundamentais na sociedade ocidental. O trabalho está organizado em três capítulos que investigam a construção dos documentários feitos para a TV, sua importância e condições de produção. Por meio das imagens, dos dizeres do narrador em off, e dos sujeitos representados, cujas identidades supostamente constituem um tabu, observa-se que as representações oferecem ao público uma visão parcial de um outro subalterno, sob o ponto de vista do grupo hegemônico. Ao mesmo tempo, imagens e texto fortalecem a representação de tabu, sugerindo a existência de uma sociedade ideal, diferente da retratada, revelando, a partir de nossa discussão, uma preocupação com possíveis abalos à gestão da sociedade de controle.