Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Guimarães, Mayra Cristina da Luz Pádua |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-22022021-111242/
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Resumo: |
Introdução: A hipertensão arterial é a principal causa de morbimortalidade cardiovascular e o controle da hipertensão arterial é a forma mais eficaz de evitar as complicações cardiovasculares e diminuir a morbimortalidade. Porém, as taxas de controle em nosso meio ainda são insatisfatórias e os dados disponíveis são na maioria de estudos realizados na atenção básica. Objetivo: Avaliar o controle da hipertensão arterial em um grupo de hipertensos acompanhados em um serviço ambulatorial especializado. Método: Estudo exploratório, prospectivo, transversal, desenvolvido na Unidade de Hipertensão de um hospital de ensino da cidade de São Paulo. Os critérios de inclusão foram: idade 18 anos, em acompanhamento no ambulatório há pelo menos seis meses e que aceitaram participar voluntariamente do estudo, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram excluídos pacientes com hipertensão secundária, gestantes e aqueles que apresentaram comprometimento que impedia a realização da entrevista. O cálculo estatístico da amostra foi baseado na taxa de controle de 60% para um poder de teste de 80% e nível de significância de 5%, resultando em 253 participantes. Foram realizadas entrevistas para coleta de dados biossociais, etilismo, tabagismo, atividade física, comorbidades, medicamentos em uso e avaliação da adesão ao tratamento pela Escala de Adesão Terapêutica de Oito Itens de Morisky. Também foram feitas medidas antropométricas, avaliação de bioimpedância e de exames laboratoriais. O controle da pressão arterial pela medida realizada por enfermeira foi para valores <140 mmHg para pressão sistólica e <90 mmHg para a pressão diastólica. O nível de significância utilizado foi de p<0,05. Resultados: A prevalência de controle da pressão arterial foi de 69,2% e 82,2% apresentaram alta adesão ao tratamento farmacológico. A amostra foi constituída de 61,7% mulheres, 63,2% brancos, 52,8% casados, idade de 65,0 (13,3) anos, 47% do estrato socioeconômico C2, 44,3% com ensino médio completo e renda mensal de 2.302,00 (1.781,00) reais. Observou-se que 7,5% eram tabagistas, 40,3% faziam uso de bebida alcoólica e 38,3% sedentários. O índice de massa corporal foi de 29,5 (5,3) Kg/m2 e 81,4% apresentaram sobrepeso ou obesidade. Dentre as comorbidades avaliadas, 75,0% tinham histórico de dislipidemia, 40,7% diabetes, 19,0% doença renal crônica, 13,4% insuficiência cardíaca, 8,7% acidente vascular encefálico e 8,3% infarto agudo do miocárdio. Os hipertensos controlados foram estatisticamente diferentes dos não controlados (p<0,05), respectivamente, em relação a: estado civil casado (58,9% vs 39,0%); índice de massa corporal [29,0 (5,4) vs 30,6 (4,9) Kg/m2 ]; circunferência da cintura [101,6 (13,7) vs 101,7 (10,4) cm]; gordura corporal [36,1 (10,5) vs 38,1 (9,3)]; percentual de gordura corporal classificada como normal (26,9% vs 9,0%); idade corporal [64,9 (12,0) vs 68,1 (11,1)]; número de medicamentos [7,6 (3,8) vs 9,1 (4,1)]; e número de anti- hipertensivos [3,4 (1,7) vs 4,5 (2,1)]. Os hipertensos controlados utilizavam em menor frequência os anti-hipertensivos: bloqueadores dos canais de cálcio (61,7% vs 84,6%), inibidores adrenérgicos betabloqueador (44,0% vs 64,1%), agentes de ação central (12,6% vs 23,1%), vasodilatadores (5,7% vs 19,2%). A análise de regressão logística indicou associação independente do controle dos hipertensos com as seguintes variáveis (OR , odds ratio; IC, intervalo de confiança de 95%): estado civil casado (OR 2,3; IC 1,34 4,28), uso de bloqueadores dos canais de cálcio (OR 0,4; IC 0,19 - 0,92) e número de anti-hipertensivo prescritos (OR 0,78; IC 0,66 0,92 ). Conclusão: Apesar da presença de importantes fatores de risco nos hipertensos avaliados, o controle e a adesão ao tratamento farmacológico apresentaram-se otimizados. |