Orientação educacional do paciente hipertenso: efeito sobre a adesão ao tratamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Mori, Ana Luiza Pereira Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9139/tde-13022015-110818/
Resumo: A hipertensão arterial é uma doença crônica, caracterizada pelo aumento constante da pressão sangüínea acima da normalidade (140 mmHg para a sistólica e 90 mmHg para a diastólica). Tem alta prevalência, em geral assintomática e é determinada por diversos fatores como raça, hereditariedade, idade e hábitos de vida relacionados à alimentação e à prática de exercícios físicos. É um dos maiores fatores de risco de morbidade e mortalidade cardiovasculares no mundo todo, causando além dos sérios problemas relativos à saúde, alto custo social. A falta de adesão às recomendações que são dadas aos pacientes é uma das causas do insucesso no tratamento dos indivíduos hipertensos, tornando-se um problema de saúde pública, encontrado em países do mundo todo. Por ser a hipertensão arterial uma doença assintomática é mais difícil motivar seu tratamento. Para isso, é fundamental a prática de uma sistemática contínua de orientação ao paciente pela equipe de saúde. O presente trabalho teve como objetivo estudar a repercussão de um programa educacional para melhorar a adesão do paciente ao tratamento. Foi aplicado pelo farmacêutico e comparado a um grupo controle, em pacientes atendidos pelo ambulatório de hipertensão do Hospital Universitário da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, através de palestras e orientação individualizada. Os resultados foram avaliados por meio de questionário, dosagens de sódio e potássio urinário, controle de pressão arterial, peso corpóreo, medidas de circunferência de cintura e quadris e de exames bioquímicos laboratoriais, entre outras variáveis. Verificou-se que os pacientes do grupo experimental apresentaram maior redução da pressão arterial sistólica e diastólica, do nível sé rico de triacil-gliceróis e da relação entre cintura/quadril, além de apresentarem aumento da excreção urinária de potássio em volume de 24 horas e da porcentagem de acertos em questionários referentes a aspectos gerais sobre hipertensão arterial, em relação aos pacientes do grupo controle. Tais resultados indicam aumento de adesão ao tratamento, mediante o processo educativo oferecido ao grupo experimental.