Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Coelho, Juliana Chaves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-26112024-161413/
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Resumo: |
Introdução: O controle da pressão arterial em hipertensos é um problema recorrente, muitas vezes devido à inadequada adesão dos pacientes ao tratamento, que requer dos profissionais de enfermagem novas estratégias de intervenções. O envio de mensagens de texto pelo telefone celular pode ser um recurso para maximizar o controle da pressão arterial, ao melhorar a adesão ao tratamento. Objetivo: Comparar os efeitos do envio de mensagens de texto por telefone celular, somado à orientação usual padrão para hipertensão, versus a orientação usual padrão isolada no controle da pressão arterial entre hipertensos em tratamento ambulatorial. Métodos: Ensaio clínico controlado randomizado, composto por dois grupos de hipertensos: Intervenção, que receberam mensagens de texto do tipo SMS duas vezes por semana, durante 10 semanas; e Comparação, que receberam os cuidados usuais da instituição. Ambos os grupos receberam um panfleto educativo sobre a doença e tratamento. O desfecho primário foi o controle da pressão arterial pela medida de consultório (<140 mmHg na pressão sistólica e <90 mmHg na pressão diastólica) ou pela Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial no período da vigília (MAPA) no período da Vigília (<135 mmHg na pressão sistólica e <85 mmHg na diastólica). A adesão foi avaliada de forma indireta pela Escala de Adesão Medicamentosa de Morisky de quatro itens e, de forma direta, pela avaliação na urina dos medicamentos anti-hipertensivos, via técnica de cromatografia líquida, de alta eficiência, associada à espectrometria de massa. A associação entre as variáveis categóricas foi avaliada pelo teste qui-quadrado, o teste da razão de verossimilhança ou o teste exato de Fisher. As variáveis contínuas com distribuição normal foram apresentadas como média e desvio padrão e comparadas com o teste t-Student ou análise de variância para medidas repetidas e comparadas com o teste de Mann-Whitney. O nível de significância foi de 5%. Resultados: Foram randomizados 178 pacientes, alocados 90 no grupo Intervenção e 88 no grupo Comparação e analisados em cada grupo, respectivamente, 86 e 77 pacientes, ao desconsiderar as perdas. A amostra tinha idade 60 (10) anos e composta, em sua maior parte, por mulheres (63,8%), não brancos (58,9%) e casados (54,6%). A renda mediana foi de 2000 (1200-3000) reais e mediana de 11 (5-11) anos de estudo. A grande maioria foi classificada com alto risco cardiovascular (77,3%). O resultado do efeito da intervenção, após as 10 semanas do estudo, mostrou que não houve diferença (p>0,05) entre os grupos (RR= 1,05; IC95%= 0,75-1,47, e RR= 1,23; IC95%= 0,87-1,74, respectivamente) no controle da pressão arterial pela medida de consultório, nem pela MAPA de Vigília. Porém, houve, nos grupos Intervenção e Comparação, respectivamente, redução média da pressão arterial (-8,6 e -7,3 mmHg na PAS pela medida de consultório e -2,19 mmHg e -2,09 mmHg na PAS da MAPA de Vigília,); e tendência para aumento do controle da pressão arterial pela medida de consultório (19,8% para 36,0% e 19,7% para 38,2%) e pela MAPA de vigília (38,6% para 42,5% e 41,3% para 52,2%); e na avaliação da adesão de forma indireta (45,3% para 69,4% e 57,1% para 59,2%). Na avaliação da adesão de forma direta, houve pouca diferença entre os grupos e os dois momentos avaliados. Conclusão: O efeito do envio de mensagens de texto por telefone celular foi similar ao tratamento usual para hipertensão no controle da pressão arterial. Por outro lado, ambos os grupos melhoraram o controle da pressão arterial e aumento da adesão ao tratamento. |