A noção de eloqüência no De doctrina christiana de Agostinho de Hipona

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Cristofoletti, Fabricio Klain
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-04082010-142008/
Resumo: Trata-se de uma dissertação sobre o pensamento filosófico de Agostinho de Hipona em relação à beleza do discurso e à utilidade da retórica e da eloqüência, temas que aparecem no livro IV do De doctrina christiana (Da instrução cristã) e, por isso, dentro da reflexão sobre o ideal de uma educação tipicamente cristã. Na Antigüidade, embora a eloqüência estivesse intrinsecamente ligada à arte retórica, esta questão, para Agostinho, deve ser tratada em conexão com algumas orientações da filosofia moral e da teologia cristãs, situadas para além da técnica. Em comparação com o antigo ideal oratório romano, sobretudo o ciceroniano, a maior importância conferida por Agostinho à Bíblia cristã, isto é, à sabedoria e à moral dos autores bíblicos, traz novos significados para o termo \'eloqüência\'. Além disso, o aprendizado oratório, que se alicerçava na doutrina e no hábito, é dessa vez resumido e transmitido por Agostinho segundo um método radical de imitação, cujos modelos passam a ser os escritores bíblicos e eclesiásticos, aqueles inspirados por Deus e gratificados com a união da eloqüência à sabedoria.