História e profecia como fundamento filosófico-religioso na pregação de Agostinho, presbítero de Hipona

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Cristofoletti, Fabricio Klain
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-17092015-122425/
Resumo: Uma vez verificada certa dificuldade interpretativa quanto à proposta do De uera religione (vii, 13) de fundamentar a religião pela história e pela profecia, já que não se encontra nesse tratado uma lista bem definida e abrangente dos fatos e das profecias que, concatenados numa argumentação cerrada, formariam o fundamento da religião católica em oposição às heresias e aos cismas, a questão naturalmente consiste em saber se essa lacuna é suprida nos escritos subsequentes, ou seja, nos escritos do presbiterado de Agostinho. Seguindo a hipótese de que o fundamento histórico-profético da religião, a qual está intimamente unida à filosofia (De uera religione, v, 8), surge na pregação presbiteral, seja em sermões, seja em ensinamentos orais como as Enarrationes in Psalmos 1-32, pode-se descobrir que tal fundamentação aparece nos sermões que tratam do credo católico, o Sermão 214 e o De fide et symbolo, mas também nas interpretações histórico-proféticas da Enarratio in Psalmo 1 e da Enarratio in Psalmo 7. Quanto à contraparte moral dessa fundamentação da religião, isso pode ser visto no Sermão 252, já que ali a reflexão sobre os fatos e as profecias acerca de Cristo e da Igreja, bem como sobre as profecias escatológicas, são utilizadas para uma exortação moral: os fiéis devem se abster de todo interesse temporal e carnal na Igreja e buscar, por conseguinte, o que é eterno e espiritual, para que assim possam entrar no Reino dos Céus, que é mais excelso do que qualquer bem terreno.