Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
González, Carlos Germán Meza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/106/106131/tde-03102018-100309/
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Resumo: |
Há décadas a comunidade científica vem alertando sobre as mudanças climáticas e a necessidade de reduzir as emissões gases de efeito estufa. Sobre dois pilares fundamentais têm se sustentado a narrativa e as ações para enfrentar a crise ecológica global (a) na desmaterialização da economia usando tecnologias e processos cada mais eficientes (b) na descarbonização da economia usando fontes renováveis. Não obstante, os resultados gerais deste trabalho não encontraram evidência empírica de desmaterialização ou descarbonização da economia mundial. Partindo deste resultado em escala global, aprofundou-se a análise empírica ao nível individual de todas as economias do planeta. Os resultados encontrados indicam que em 4 economias com elevada renda e desenvolvimento tecnológico tem havido descasamento forte (strong decoupling) do uso de energia e das emissões de CO2. Porém, este resultado contrasta com evidências compiladas que apontam que o determinante principal deste descasamento está associado a um processo de desindustrialização destas economias e, concomitantemente, uma acelerada importação de mercadorias produzidas pelas indústrias da Ásia, especialmente a chinesa (energizada a carvão). Portanto, a julgar pela dominância fóssil passada e ainda vigente, não se vislumbra um cenário no curto e médio prazos, de ruptura abrupta entre crescimento econômico futuro e o uso de energia majoritariamente produzida com fósseis. O que está em curso é a gestação de uma futura transição energética alimentada pela introdução de fontes renováveis na matriz energética mundial nos últimos anos, mas com limitações socioeconômicas importantes que são descritas neste trabalho. É mostrado que América Latina pode ter um papel crucial nesta transição, com a industrialização e sinergia regional entre seus recursos naturais (tanto renováveis como não renováveis), sendo as reservas de lítio para produção de baterias um recurso estratégico para impulsionar a mobilidade elétrica. Além da importância socioambiental e política dos padrões analisados neste trabalho, é mostrada também a relevância teórica destes, pois permitem aprofundar o questionamento da representação ortodoxa das relações entre Economia e Natureza. |