Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Luschini, Ariela Caraseni |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde-17012024-090834/
|
Resumo: |
A cadeia de abastecimento energético global foi significativamente afetada pela guerra Rússia-Ucrânia (GRU), que levou a uma crise energética. Isto porque a Rússia sempre foi um importante exportador de petróleo e gás natural. As pesquisas indicaram que os países mais impactados pelas sanções impostas à Rússia, devido à invasão da Ucrânia, concentraram seus esforços em substituir os seus exportadores de energia no curto prazo e planejar uma mudança estratégica no mix energético no médio e longo prazo. O objetivo deste trabalho consistiu em verificar os impactos dos movimentos provocados pela guerra na aceleração ou desaceleração do progresso das fontes renováveis de energia (FERs) e, consequentemente, na transição energética. A revisão da literatura sobre momentos de crises mostrou interferências na cadeia de suprimentos de energia. Períodos de guerras mostraram o aumento dos preços do petróleo e a busca dos países por diversificarem o fornecimento de energia; inicialmente, com o crescimento de usinas nucleares e, posteriormente, com o desenvolvimento do gás natural. Contudo, desastres ambientais tiveram efeitos negativos sobre a geração nuclear. Em 2000, as preocupações com as emissões de gases de efeito estufa (GEE) aumentaram; levando à adoção e ao desenvolvimento de políticas de redução de emissões. A análise das políticas energéticas nos países analisados revela que as crises obrigaram os governos a repensarem suas políticas. Por exemplo, a crise de 2014 pela anexação da Crimeia afetou o fornecimento de gás natural, fazendo com que as importações europeias diminuíssem. A Energiewende na Alemanha estimulou a maior participação das FERs. A crise financeira de 2008 levou os Estados Unidos a adotarem créditos financeiros e leis de energia renovável. O Brasil criou o Proálcool em 1975 para reduzir a dependência do petróleo. A pandemia covid-19 na China levou a bloqueios e a redução do transporte, ocasionando a diminuição do consumo de petróleo e das emissões de GEE. Os resultados mostraram que a GRU teve consequências no setor de energia dos países, com base nas importações de combustíveis, na geração de eletricidade e no consumo de energia. Por tomarem decisões diferentes durante a guerra, alguns países aceleraram a transição energética, enquanto outros desaceleraram. |